Os irmãos idênticos de 93 anos nem gostam de falar daquele dia. “Tem coisas que você quer esquecer. É algo que você não quer nem pensar. Tinhamos que cumprir o nosso trabalho e assim fizemos” disse Will, como prefere ser chamado.
Mas, as histórias de veteranos da Segunda Guerra Mundial estão se perdendo, gradativamente. No ano passado, o Departamento de Assuntos de Veteranos nos Estados Unidos estimou que dos 16 milhões que foram para a guerra, cerca de 1,7 milhões são sobreviventes, dos quais 650 veteranos morrem por dia.
São raras as histórias de irmãos que lutaram juntos na Guerra e mais raras ainda, histórias de gêmeos idênticos que estavam lá, naquele dia fatídico que invadiram a França.
Elmer nasceu meia hora antes de Will, em 15 de agosto de 1918, e disseram que se vestiam iguais até o final da adolecência. Ambos trabalharam juntos a vida toda no ramo da construção civil e se aposentaram juntos há poucos anos.
Quando fala sobre o fato de nunca se separar do irmão, Will ironiza rindo “Nós nos detestamos”. Ele lembra também quando souberam do ataque japonês a Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941. Ambos estavam na infantaria, mas em unidades diferentes. A comunicação era difícil, as tropas se mudavam constantemente e um não sabia aonde o outro estava. “Foi um dia difícil” finaliza.
Por Diana Penner / IndyStar
*O Dia D ocorreu em 06 de junho de 1944. Cerca de 160.000 tropas desembarcaram ao longo de um trecho de 50 quilômetros do litoral da França (em Normandy) para lutar contra a Alemanha nazista. O General Dwight D. Eisenhower chamou a operação de uma cruzada. Mais de 5.000 navios e 13.000 aeronaves apoiaram a invasão do Dia D, cujo custo foi de 9.000 soldados aliados mortos. Mas, mais de 100.000 soldados começaram a marchar em toda a Europa para derrotar o líder alemão Adolf Hitler.
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