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segunda-feira, novembro 15, 2010

Filhos Especiais

"Tivemos contato com uma família na qual os filhos gêmeos nasceram com condições físicas diferentes. Ambos meninos, um deles apresentava uma limitação física congênita.

Por conta dessa situação, o filho saudável, foi colocado na função de “guardião” do irmão; os pais o encarregavam de cuidar dele em festas, na escola e quando estivessem com outras crianças. Desse modo, em pouco tempo, o irmão com dificuldade começou a ter um comportamento autoritário, submetendo o seu “guardião” a todas as suas vontades.

E este, por sua vez, nunca o contrariava, provavelmente pela culpa que sentia por ser mais saudável. Ao filho especial não eram dados limites; os pais satisfaziam seus desejos e não o deixavam frustrar-se.

O outro, por ser visto como uma criança sem problemas, não era motivo de preocupações. Seus anseios, desejos e expectativas eram pouco percebidos pelos pais. Entretanto, essa dinâmica começou a se evidenciar na escola, e os pais foram chamados para uma conversa.

Ficou claro o quanto os dois estavam impedidos de se manifestar como indivíduos singulares, providos de aspectos e potenciais diferentes. Os pais aceitaram a sugestão da orientadora, para que procurassem a orientação de um psicólogo que os ajudasse a lidar com o sofrimento dos filhos.

Quem vive esta experiência, além de ter que encarar suas próprias dores, precisa dar conta de ajudar cada um dos filhos a lidar da melhor forma possível.


Acreditamos ser importante que os pais não neguem o impacto que esse fato da realidade causa dentro de cada um. Expressar as dores, medos e inseguranças é a melhor forma de encontrar um caminho verdadeiro e acessar os recursos internos necessários para lidar com a situação.

Tratar a realidade como algo a ser evitado e silenciado, não nos parece uma boa opção" Por Sâmara Jorge e Cláudia Arbex / Revista Crescer

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