Iguais na diferença

"Gêmeos univitelinos e bivitelinos tem mais semelhanças do que se acredita. Chamam à atenção a quantidade de de­ba­tes sobre ir­mãos gê­meos. De bate-papos em mesa de bar a confe­rên­cias aca­dê­mi­cas, os boa­tos a res­pei­to de até onde vai a li­ga­ção entre gê­meos é as­sun­to an­ti­go. Mas ainda assim fas­ci­nan­te.

Um dos tó­pi­cos mais dis­cu­ti­dos é que os ir­mãos gê­meos su­pos­ta­men­te pos­suem uma es­pé­cie de co­ne­xão especial, que um 'sabe' o que ocor­re com o outro, mesmo quando estão distantes.

"Esse tipo de pen­sa­men­to surge por­que há forte ten­dên­cia dos pais em apro­xi­mar os ir­mãos gê­meos. Eles ves­tem fi­lhos com as mes­mas rou­pas, co­lo­cam para brincar junto. Às vezes até dei­xam os fi­lhos no mesmo berço. Essas ati­tu­des es­ti­mu­lam uma apro­xi­ma­ção mais firme do que ocor­re­ria com ir­mãos que não são gê­meos. Os cui­da­dos dos pais no tra­ta­men­to devem ser pa­re­ci­dos", ex­pli­ca a psi­ca­na­lis­ta Elba Fernandes.

Elba lem­bra também que ves­tir fi­lhos com a mesma roupa ou co­lo­cá-los num mesmo cír­cu­lo de ami­za­de pode pre­ju­di­car a cons­tru­ção de uma iden­ti­da­de par­ti­cu­lar. "São ati­tu­des que aca­bam to­lhen­do a per­so­na­li­da­de dos fi­lhos. Esse tipo de ação pode dei­xar esses gê­meos como pes­soas muito de­pen­den­tes", pon­de­ra a psi­ca­na­lis­ta (Fonte: Folha de Pernambuco)