(Urbano e Ubaldo com as esposas Tereza Célia e Maria de Lourdes Foto: Manoel Serafim)
A história dos gêmeos Urbano e Ubaldo é permeada de união e coincidências. A troca de olhares não deixa dúvidas da afinidade entre os dois irmãos. Quem compartilha uma vida inteira em comum já sabe exatamente o que o outro fala ou faz. Quem a compartilha desde o útero, ainda mais. Até a desconfiança é a mesma: foram com uma feição de dúvidas que os gêmeos: Urbano e Ubaldo Santos Guerra, aceitaram compartilhar sua história.
Uma história permeada de coincidências, curiosidades e, acima de tudo, união. Uma união não tão espontânea no início. Depois de qualquer briga, comum entre irmãos, os dois eram obrigados pela mãe a se abraçar, pedir desculpas e carregar um ao outro nas costas até o fim da fazenda, onde moravam.
Assim eles aprenderam a viver, um apoiando o outro. E juntos, os irmãos conseguiram tudo o que sonhavam, com apenas o ensino primário completo, conquistado com 24 quilômetros de caminhada diária. Decididos a conquistar o que queriam pelo trabalho, os gêmeos se mudaram com a família para "a cidade". Mesmo quando o pai viu o pequeno comércio falir, os irmãos garantiu que sustentariam a família sem precisar voltar para a fazenda.
Mesmo depois de casados, moraram seis anos juntos, apenas o quarto era separado. Quando construíram a casa própria, fizeram questão dos sobrados um ao lado do outro, as sacadas estrategicamente construídas para permitir uma visitinha surpresa. As esposas não são gêmeas, mas são irmãs.
Por Luciana Tibúrcio / Correio de Uberlândia
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