Se irmãos fraternais tendem a ter a ordem genética semelhante, irmãos univitelinos não escapam nem da miopia, dentre outras doenças que aparecem em um e logo em seguida, no outro. Juntos sempre, nos bons e maus momentos. A nossa infância foi bem aproveitada, brincávamos e nos divertíamos muito. Às vezes nos aborrecemos com as confusões alheias, por causa da nossa semelhança.
Sempre achamos engraçado o fato das pessoas se confundirem, por não saberem quem é quem. Mas não gostamos quando as pessoas falam que somos “iguaizinhas” e depois apontam algumas diferenças. Isso sempre foi ruim para nós e é até hoje, embora atualmente as pessoas demorem mais para questionar se somos gêmeas. Na infância nossa mãe nos vestia iguais, o que causava muita curiosidade nas pessoas.
Aonde íamos, fazíamos de conta que éramos famosas. Até hoje percebemos muitos olhares. Chamamos atenção como se fossemos celebridades. O ruim de ter um irmão gêmeo são as comparações, é como se a sociedade nos obrigasse a ser idênticas em tudo, mas tentamos lidar bem com isso. As pessoas sempre perguntam: “é bom ter um irmão gêmeo?”. Pra mim sim, mas não é pela semelhança e sim pela irmã presente e amiga que ela é. Amei a idéia do blog! Parabéns! Muito sucesso”
Priscila Alves Fontes Bastos é jornalista e gêmea de Paloma. Ela também participa do Poesia Baiana: um site que valoriza a cultura regional.
Contato: priscilaafb@gmail.com
Salvador / BA
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