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quarta-feira, agosto 18, 2010

Mamãe

Tive o privilégio de ter sido gerada e educada por uma mulher de muita fibra e coragem. Ela foi uma mãe irrepreensível. Mamãe tinha um jeito muito especial de demonstrar amor. Ela exerceu a maternidade em sua plenitude, com muita dedicação e dignidade. Mamãe estabeleceu um vínculo afetivo sólido com os filhos e soube nutri-lo com absoluta entrega. O amor que ela me dispensou, em alguns momentos, chegou a doer. Ela não queria que eu me tornasse um ser fraco e conseguiu.

Mamãe NÃO amou todos os filhos da mesma maneira. Para cada filho, ela reservou um amor exclusivo, intenso e essencialmente verdadeiro. 
Sinceramente, não sei como ela conseguiu tamanha façanha.

Ela era ávida pela felicidade dos filhos e fazia questão de deixar bem claro. Éramos seis irmãos, mas não lembro de ter sentido ciúme deles, nem da minha irmã gêmea. Graças a Deus não fui mimada e nunca me senti preterida. Mamãe faleceu em abril de 2005 e levou com ela um grande mistério.

Mamãe nasceu em 25 de maio de 1931. Foram 74 anos vividos, sem nunca ter sentido uma dor de cabeça! Dela herdei o hábito de lavar as mãos, a total falta de compromisso com a hipocrisia e uma importante lição – o desapego. Foi com ela que aprendi a não colocar meu coração naquilo que perece.

Mamãe estava sempre cheirosa, ela exalava o perfume da noz moscada. Mamãe era inteligente, sagaz e dona de uma risada contagiante. É difícil falar dela sem sentir um nó gigante na garganta, então acho melhor encerrar por aqui...

Escrevi uma carta para ela que também foi postada aqui!

Jemima Pompeu

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