Gêmeos idênticos não são exatamente iguais! Quem convive com eles sabe disso. Mas sempre se acreditou que gêmeos idênticos tinham o mesmo DNA. Pois bem, uma pesquisa liderada pelo cientista americano Jan Dumanski, pode derrubar esse paradigma.
Os pesquisadores compararam o DNA de 19 gêmeos idênticos e surpreendentemente eles encontraram diferenças no perfil do seu DNA, tanto naqueles muito semelhantes como naqueles diferentes ou discordantes. Essa descoberta pode revolucionar as pesquisas em doenças complexas como diabetes, Parkinson ou algumas formas de câncer.
Durante muito tempo acreditamos que as diferenças entre gêmeos idênticos seriam por causas ambientais. E isso inclui o ambiente uterino. Por exemplo, sabemos que a posição no útero ou a maneira como cada bebê se conecta a placenta podem determinar que um receba mais nutrientes do que o outro e, portanto seja maior ao nascer.
Essa diferença de peso e tamanho pode perpetuar-se durante a vida. Mas o ambiente extra-uterino teria uma influência muito maior no desenvolvimento de inúmeras características ou mesmo doenças que acometem de forma diferente os gêmeos idênticos.
Com o avanço da genética estamos vendo que as coisas são mais complexas. Antes deste estudo, toda vez que ocorria uma doença ou uma característica específica em apenas um dos gêmeos, a conclusão era de eles haviam sido expostos a ambientes diferentes. E lá iam os cientistas em busca das causas ambientais: hábitos alimentares, fumo, stress etc
Se realmente for confirmado que eles não possuem o mesmo DNA, essas diferenças podem ter uma causa genética muito mais importante. A variação no número de cópias de segmentos de DNA pode estar associada a genes que aumentam a predisposição para determinadas doenças em apenas um dos gêmeos. É um novo campo que se abre. (Texto original Veja Genética)
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