
Antes de tudo, procurem não olhar para a criança que não passou de ano como o “coitadinho” ou o menos capaz. Evitar comparações é o primeiro e o mais importante cuidado que se deve ter neste momento. Avaliem os motivos que contribuíram para a reprovação da criança e conversem de forma acolhedora, olhando para ela como um indivíduo singular.
A reprovação não deve ser vista como um castigo. Na verdade é uma oportunidade para que a criança assimile melhor os conhecimentos, amadureça e se prepare para enfrentar o próximo ano e os desafios que estão por vir. Não há como evitar sentimentos de frustração e algum receio das comparações na escola.
Se os dois irmãos estiverem na mesma sala, então, esses sentimentos podem ser ainda mais intensos. Valorizar o filho que foi aprovado compartilhando de seu sucesso e alegria, também faz parte de todo esse processo. Não é raro que ele sinta um pouco de culpa e, até mesmo, certo constrangimento.
Assim, encarar tudo isso como algo possível de acontecer, atribuindo a esse evento o tom e a medida que realmente tem, significa possibilitar que os gêmeos, a família e a escola vivam de forma reflexiva e consciente as diversas questões e os desafios desse universo tão cheio de particularidades"
Por Sâmara Jorge e Cláudia Arbex / Revista Crescer
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