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terça-feira, fevereiro 01, 2011

"Embriões congelados sem destino" Por Angela Joenck

"Em outubro de 2010, a cantora Celine Dion deu à luz os gêmeos Nelson e Eddy. A gravidez foi resultado de um tratamento de fertilização in vitro realizado oito anos antes, quando o marido da cantora descobriu ter um câncer. Os embriões de Nelson e Eddy permaneceram congelados em uma clínica especializada. E não foram só os dois: outros embriões da cantora e do marido estariam congelados na clínica. O que acontece com eles? Vão ficar lá para sempre?

Clínicas especializadas em fertilização seguem seus próprios protocolos, podendo optar pelo congelamento de embriões ou de óvulos. Em média, são retirados e fecundados oito óvulos de cada paciente, e quatro são utilizados em tentativas de engravidar. Os demais ficam congelados e representavam em 2009 uma "multidão" de 8.058 embriões somente no Brasil, segundo dados da Anvisa.

Segundo o médico especialista em reprodução humana e diretor da clínica Ferticlin, Raul Nakano, esse acúmulo se deve ao dilema das mães que passam pelo tratamento de fertilização, pois é delas a decisão sobre o material excedente. "Se por acaso eu tenho oito embriões, transfiro três ou quatro e congelo o restante. Se a paciente não engravidar, tem mais quatro pra colocar.

Mas se ela engravidar de gêmeos, por exemplo, e não quiser mais (filhos) vai estar com um dilema. Ou ela doa, ou ela deixa na clínica pra colocar de novo, mais para a frente. É um dilema que até eu não gosto de passar por ele. É um dilema que a clinica vai sofrer e que a paciente vai passar dificuldade em resolver. E é por isso que as clínicas têm embriões sobrando. Nem as pacientes sabem o que fazer".

Para contornar o dilema, há clínicas que preferem congelar óvulos. De acordo com Raul Nakano existe um "movimento internacional" neste sentido. "O óvulo é uma célula viva, é como se fosse um espermatozóide, você não está infringindo nem a ética, nem a religião.

Não está infringindo nada, porque todo o mês a mulher desperdiça um óvulo também. E dentro dessa ótica, a gente também prefere guardar o óvulo. Se a mulher engravidar de gêmeos ou trigêmeos, ela não necessitaria utilizar mais nenhum", diz Nakano"

*Artigo completo de Angela Joenck Pinto no
Portal Terra.

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