Quando elas tinham sete meses, minha filha e meu genro se separaram, por isso elas vieram morar comigo. Era uma correria. Minha filha trabalhava de domingo a domingo, enquanto minhas netas ficavam comigo. Anete, minha filha caçula, ajudava quando elas tinham alguma dificuldade nos estudos.
Participar da criação delas não foi difícil, pois eu já tinha seis filhos. Já era uma mãe com muita prática. Karina e Karim gostavam de brincar no chiqueirinho e adoravam passear com a tia Anete porque ela tinha uma bicicleta com lugar para três. Elas também tinham o carrinho duplo para passear e quando ficaram maiores, o jeito era segurar uma em cada mão mesmo.
A Karina era que mais aprontava. Um dia ela subiu no box do banheiro pelo suporte de toalha (que era de plástico) só pra jogar água gelada na Karim que estava tomando banho. O suporte quebrou e ela rasgou a perna, mas não contou nada pra ninguém. Ela tentou arrumar o suporte e depois colocou um pijama comprido (em pleno verão) pra que ninguém percebesse seu ferimento e disse para a Karim não contar pra mim.
Todavia, o mais gratificante hoje é ver minhas netas formadas e com saúde. Elas foram bem educadas, criadas rodeadas de muito amor e respeito. Fazemos questão de comemorar todos os aniversários com festa, até hoje” Irene
Irene Guimarães de Pieri, uma avó orgulhosa.
Arlete de Pieri, uma mãe guerreira.
São Paulo / SP
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