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segunda-feira, junho 06, 2011

"Família Borges" Por Leilane Menezes

Montar a árvore genealógica da família Borges Aquino é um desafio. Três gerações seguidas de mulheres tiveram filhos gêmeos. A história genética dessas pessoas traz curiosidades sobre conceitos básicos da ciência. Estudos mostram que esse tipo de gravidez dupla é mais frequente quando há reprodução assistida. Mas não é o caso da família Borges. Todos os gêmeos desta família foram concebidos naturalmente. Tudo começou com a matriarca, Maria Afonsina Borges, em MG.

Ela deu à luz Geralda Maria e Maria Geralda, em 1953. Os parentes assustaram-se ao ver duas meninas nascerem, quando esperavam por apenas uma. Naquele tempo, poucas mulheres tinham acesso ao pré-natal. As duas Marias tinham uma forte ligação. Vestiam-se da mesma maneira, tinham corte de cabelo igual e gostavam das mesmas brincadeiras. Tiveram, porém, vida curta. Morreram jovens. A primeira a ir foi Maria Geralda. Aos 26 anos, teve um infarto e não resistiu. Oito anos depois, Geralda Maria morreu, depois de sofrer do mesmo mal, subitamente.

Geralda Maria também teve filhos gêmeos, aos 24 anos. Nasceram Roziane e Rozivânio de Aquino, hoje com 34 anos. Quando a mãe morreu, eles tinham 10.
Os partos duplos não pararam por aí. No ano passado, Roziane descobriu que estava grávida. A primeira ecografia não mostrou dois fetos, somente um. O segundo exame revelou as batidas de dois corações. Roziane e seu marido James, são pais de Isaac e Pedro. "Eles vivem se dando as mãos. São muito conectados. É interessante vê-los dormir. Quando um vira para um lado, o outro faz o mesmo movimento", relatou a mãe.

Há outros gêmeos na família. O irmão de Geralda Maria (a mãe de Roziane), Wagner Borges, casou-se com Aída Matos. Eles tiveram as gêmeas Valéria e Valquíria, hoje com 29 anos. Elas não são idênticas. Valéria também teve uma gravidez gemelar, mas uma das meninas não se desenvolveu e morreu ainda dentro do ventre. Nasceu Maria, hoje com 4 anos. A professora de biologia da Universidade de Brasília (UnB) Maria Nazaré Klautau relata que ocorrem muitos erros no momento de identificar a classificação dos gêmeos (se são bivitelinos ou idênticos).

“Quando os gêmeos são homem e mulher, é fácil dizer que são bivitelinos. Mas se são do mesmo sexo, fica complicado. É preciso analisar muitos fatores. Há causas externas, além da genética, que podem determinar essa incidência de gêmeos, como os hormônios que consumimos ou remédios.” explicou a professora.

Por Leilane Menezes / Dica da leitora Ana Claudia Vargas.

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