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quarta-feira, junho 01, 2011

"Vizinhos de Coração" Por Mirys Segalla

(Os três mosqueteiros)

Lá em casa, pai e mãe sempre quiseram uma grande família e começaram com SETE filhos. Então, quando a gente achava que nada mais ia acontecer, apareceu uma pequenina precisando de casa e cuidados especiais. E foi assim que viramos oito irmãos. Ponto. Acabou. De dois em dois anos tinha gente em casa! E já tava bom, né?

Que nada. Depois de sete anos, apareceu um menininho lindo, que não tinha para onde ir. De novo, uma criança que precisava de cuidados. Ficou em casa ‘só pra gente cuidar’ (porque a cidade toda sabia que minha mãe era boa nisso) e, dois anos depois, a Justiça decidiu e resolveu com bom-senso: ele veio pra nossa casa, definitivamente.

Só que, no meio do caminho, apareceu outra menininha. Com a mesma idade desse menininho: 1 ano. A mesma história com começo triste e final feliz. Melaine acabou virando a número nove da família (ela é um mês mais velha que Murillo) e acabaram virando os “nossos gêmeos”.

Eles sempre souberam de suas adoções e sempre foram tratados como irmãos. Mas, a gente não precisa andar com uma placa no pescoço explicando a longa história, né? Então, quando me perguntam se são meus (porque eles são 20 anos mais novos do que eu), eu respondo: “sim, são meus. Meus irmãos!”. E já deduzem que são gêmeos.

E a vida segue. Temos brigas, saudades, aconselhamentos e passeios com eles como outras famílias. E acho o máximo ter irmãos tão mais novos, tão diferentes e tão iguais a mim. Para quem a gente possa ser espelho, alvo, e ver atitudes iguais serem tomadas por duas pessoas diferentes e trazer resultados completamente diversos. Isso me prova, sempre, que não é só O QUE você faz, mas COMO você faz!

Mas, quando conto pra alguém que ainda não sabe, que sou a mais velha de DEZ filhos, logo ouço: “Todos do mesmo pai e da mesma mãe? Tem gêmeos, né?” Tem, sim, galera. Temos gêmeos na família. De um modo único de ser gêmeo. Eles são vizinhos de coração! Mas, a tal diversidade não está na moda?!

Vou perguntar para eles como é ser gêmeo sem, nem mesmo, ser irmão de sangue. Se sentem as mesmas coisas, se sabem quando o outro sofre, e todas as coisas que os irmãos que dividiram o útero parecem ter. E volto contar pra vocês! Mirys Segalla

Contato: mirys_segallas@yahoo.com.br
Facebook: Diário Dos Três Mosqueteiros
Bauru / SP

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