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quarta-feira, agosto 24, 2011

Kevin e Devin na Libéria

(Devin e Kevin são vistos de volta em Williamsville, vestidos com seus novos trajes.
Foto: Scull Harry Jr. / Buffalo News)

(Tia Emma com os sobrinhos gêmeos Kevin e Devin)

Ao invés de comprar ipod e videogame, a tia Emma presenteou os sobrinhos gêmeos com uma passagem para passar férias de três semanas com os pais na Libéria.

Os pais foram deportados dos Estados Unidos quando os gêmeos Devin e Kevin tinham apenas 10 meses e então, ambos ficaram com a tia Emma e seus irmãos com outros parentes. Os quatro irmãos mais velhos tinham lembrança e vínculo, mas os gêmeos caçulas, não. A mãe é disciplinadora e o pai mais brincalhão. No aeroporto, os meninos puderam ver que são parecidos com os pais de fato e o pai ficou surpreso quando viu a diferença de altura deles. Os meninos (que são bivitelinos) constataram a realidade pobre da Libéria e se tornaram celebridades. Todos queriam ver os "meninos americanos".

No primeiro jantar da família reunida, depois da oração, os pais explicaram como foram deportados. Eles viviam em uma casa alugada em Ohio (EUA) - que tinha muito vazamento de gás e um dia, a casa pegou fogo. Eles foram considerados responsáveis pelo incêndio, de acordo as autoridades e por isso foram deportados. Os pais não tinham dinheiro para recorrer à decisão e tentaram explicar que a Libéria na época passava por guerra - mas não houve jeito. Então, deixaram os seis filhos com parentes nos EUA.

A guerra passou e a Libéria conseguiu se democratizar, mas a realidade é dura. A família não tem fogão, microondas, geladeira. Eles cozinham com carvão, água somente do poço e energia só do gerador. Mesmo estranhando as diferenças da condição econômica e social, os meninos quiseram ficar com os pais, porém, foi decidido que nos EUA eles teriam mais oportunidades.
Por Emma Sapong / Buffalo News

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