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quarta-feira, novembro 16, 2011

Fábia e Fabiane Paula Silva

"Em 1976 minha mãe (branca) Nadir Paula Silva engravidou do meu pai (negro) Carlos Roberto da Silva. Essa miscigenação é comum em nossa família. Eles foram juntos à primeira consulta, mas o médico não disse nada. Na segunda consulta, minha mãe foi sozinha e o médico (ela nem gosta de lembrar) inacreditavelmente – disse que ela deveria tirar, pois um bebê de pais mestiços iria sofrer discriminação e seria alvo de preconceito. Isto é, o médico insistiu para que ela provocasse um aborto.

Só Deus e minha avó sabem o quanto minha mãe chorou e recusou aquele absurdo. Ela foi a várias outras consultas, mas não ficou sabendo que esperava dois bebês. Meus pais, com muita dificuldade, conseguiram completar o enxoval. Durante a gestação, ela sofreu uma queda e por isso teria que fazer uma cesariana, já que o médico disse que o bebê havia virado. No dia 03 de abril de 1977 ela foi para a maternidade fazendo muita força, pois o medico dizia que assim o bebê ficaria na posição para a realização do parto normal.

Mas, o esforço foi inútil. A cesariana foi feita. Eu nasci às 23:50 horas e cinco minutos depois, nasceu Fabiane. Minha mãe ainda estava meio zonza e achou que fosse um sonho quando a enfermeira trouxe dois pacotinhos embrulhadinhos como presentes.

(Nadir Paula Silva com as filhas)

(Carlos Roberto da Silva com as filhas gêmeas)

A família, os amigos e os vizinhos ajudaram muito. Sempre aprontamos, mas minha mãe nunca nos confundiu. O contrario do meu pai que até hoje não sabe quem é quem. (rs)

Somos muito unidas. Sempre estudamos juntas. Escolhemos fazer o mesmo curso na faculdade, estudamos na mesma sala. Há 12 anos trabalhamos na mesma empresa e no mesmo setor. Passamos - praticamente - 24 horas juntas! Estamos solteiras e ainda moramos na casa dos nossos pais" Fábia

Fábia Paula Silva, gêmea univitelina de Fabiane Paula Silva

São Paulo / SP

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