Capixaba espera siameses, mas SUS não oferece exameLuzinete Oliveira e o marido, Valter de Oliveira, moram em Nova Carapina, na Serra - Espírito Santo. Ela descobriu que está grávida de gêmeos siameses e o casal não tem condições financeiras para fazer todos os exames necessários.
Luzinete já está no 5º mês e precisa de uma ressonância magnética fetal, exame que não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a Secretaria de Saúde. "No SUS, não há possibilidade. Só tem na rede particular e custa entre R$ 1,5 mil a R$ 2 mil. Não podemos pagar", diz o pai. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, quando solicitado, o exame é comprado pela secretaria na rede particular e oferecido ao paciente.
Segundo a médica Fabiana Simões, a cada 100 mil partos, um é de gêmeos siameses. Ela explica que isso ocorre quando a divisão do embrião é incompleta, em torno do 15º dia após a ovulação. "Não tem hereditariedade, não tem genética, é uma divisão incompleta do embrião. Os exames são importantes para saber quais outros órgãos vitais eles compartilham. Além do coração, podem ter fígado único, precisamos saber pelos exames", afirma a médica.
"A preocupação aumenta a cada dia. Fico pensando se eles vão conseguir sobreviver. É muito difícil para uma mãe olhar dois filhos e pensar em ter que escolher um. Eu peço a Deus que me dê condições para criar essas crianças", diz a mãe.
A Sesa orientou que a paciente deve procurar a Unidade de Saúde que encaminhará a solicitação do exame para o Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano, em Cariacica.
(Fonte: G1 / TV Gazeta)
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