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terça-feira, abril 17, 2012

"Anna Luiza e Maria Eduarda" Por Lisandra Palhano

“Era noite de 24 de dezembro de 2000 quando soube que estava grávida. Três dias antes do meu aniversário, em janeiro, soube que eram gêmeos.

E no dia das mães, tive a melhor das surpresas: eram duas meninas, porque sempre me imaginei ser mãe de meninas, Anna Luiza e Maria Eduarda, hoje com 10 anos.

Foi um grande susto, sem dúvida. Tivemos que nos adaptar a uma rotina completamente diferente. A boa notícia (essa é a parte que mais gosto de contar) é que foi tudo muito fácil. Acho que existe um “mercado” que adora falar das dificuldades de se ter gêmeos.

A minha história confirma exatamente o contrário. Minhas filhas foram concebidas naturalmente e apesar de serem bivitelinas são muito parecidas, a ponto de confundir muita gente. Elas nasceram de 39 semanas e 3 dias. A gestação foi ótima e não tive intercorrência alguma, exceto a azia que me acompanhou toda a gravidez.

Elas nasceram com bom peso e depois de dois dias, tivemos alta. Eu nunca tinha trocado uma única fralda. Tive babá e ajuda da minha mãe e de uma tia por um tempinho. Mas, como morávamos em cidade longe das nossas famílias, sempre tive que me virar meio sozinha.

Fiquei seis meses em casa e quando voltei a trabalhar, tive a sorte de ter um horário bastante flexível, que me permitia acompanhar o dia-a-dia delas de bem perto. Elas sempre foram muito parceiras e, mesmo no bercinho quando uma chorava a outra nem ligava. Sempre dormiam e acordavam na mesma hora, o que me dava qualidade de sono também.

Como foi tudo muito tranquilo na gestação, no parto e nunca tive grandes dificuldades, elas se desenvolveram com segurança. Nunca houve problemas para adaptação na escola, para tirar fraldas ou chupeta, provar novas comidas etc...

Quando elas tinham três anos nos mudamos para os Estados Unidos, onde moramos por quase dois anos. Lá elas frequentaram escola normal americana (não era adaptada a estrangeiros) e hoje falam fluentemente o inglês. As escolas americanas são muito diferentes das escolas brasileiras.

Não há longos períodos de adaptação. No primeiro dia fiquei com elas 15 minutos na sala e recebi um “BYE” da professora e, ao buscá-las, recebi um bilhete avisando que elas tinham se saído muito bem. E desde então as duas se viraram sozinhas.

Realmente não sei como elas assimilaram todas aquelas novidades (novo país, nova casa, novo idioma e distantes de toda a família) com tanto êxito. Quando voltamos para o Brasil elas já estavam com 5 anos e novamente se adaptaram a tudo aqui como se nunca tivessem saído.

Acredito muito que o fato de serem gêmeas foi determinante neste sucesso. Saber que está sempre ao seu lado alguém tão preocupado com você certamente é um apoio inestimável. Sempre estimulei cada uma a ter seu espaço, nunca as vesti iguais, sempre respeitei a individualidade delas.

As comparações são inevitáveis, mas a resposta está na ponta da língua “Somos gêmeas, não iguais” Não consigo imaginar como é ter um filho só, pois sempre fiz TUDO em dobro. Anna Luiza e Maria Eduarda sempre fizeram tudo juntas, com cumplicidade e sem competição. Sei que em algum momento isso vai mudar e a vida delas tomará rumos diferentes. Mas até lá vamos aproveitando este lindo presente que a vida nos deu: o de ser pais de gêmeas!

Lisandra Palhano e Juliano Lhamby 

São Paulo / SP

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