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sexta-feira, abril 20, 2012

Curso para futuros pais adotivos em Cuiabá

De 2010 a 2012, aconteceram quatro casos de devolução de crianças adotadas em Cuiabá. O mais recente ocorreu há pouco mais de 10 dias, quando duas crianças gêmeas retornaram ao abrigo de onde saíram devido à desistência dos pais adotivos.

Para evitar essa traumatizante situação, a Associação Mato-Grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), em parceria com o Poder Judiciário de Mato Grosso, iniciou ontem (19/04) o 9° grupo de casais e pessoas solteiras pretendentes a estabelecer a relação legal de filiação.

Serão realizadas quatro reuniões que abordarão 4 temas, nas quais os futuros pais devem ser conscientizados da responsabilidade que é adotar uma criança. ‘Aspectos Jurídicos da Adoção’, ‘Compreendendo a Adoção’, ‘Construindo a Adoção’ e ‘Vivenciando a Adoção’. Desta vez, 31 pessoas estão participando do curso denominado como pré-natal da adoção, uma preparação determinada pela Lei Federal Nº 12.010/2009.

Mãe de três filhos adotivos, a presidente da Ampara, Lindacir Rocha Bernardon, afirma que o pré-natal da adoção é essencial para que os futuros pais conheçam de fato o processo. Alguns pretendentes desistem antes da conclusão do curso, no entanto as desistências não são consideradas um fracasso, “ao contrário, elas são boas, pois evitam que futuramente mais crianças sejam devolvidas”, explica Lindacir.

Nos últimos quatro anos, 10 desistências foram registradas em Cuiabá e Várzea Grande. A devolução acontece ainda no período de convivência entre a criança e os pais adotivos, podendo acarretar sérios problemas psicológicos ao menor, já que mais um abandono é registrado em sua história.

Outro ponto bastante trabalhado é a adoção de menores com mais de 10 anos ou com deficiências tanto mentais quanto físicas. Crianças consideradas “velhas” ou “imperfeitas” acabam perdendo a oportunidade de se inserir em uma família, por não atenderem ao padrão procurado.

Lindacir conta que muitas pessoas se abriram para essas adoções após passarem pela habilitação. Para entrar na fila da adoção o pretendente deve preencher uma ficha na Vara da Infância, passar pelo pré-natal da adoção e por último ser aprovado em uma avaliação psicossocial. O tempo de espera varia de acordo com o perfil escolhido.

Por Jéssica Benitez / Diário de Cuiabá / Foto Ilustrativa

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