"Davi e Daniel" Por Gilvana de Souza Ferraz

“Em agosto 2002, Guilherme e eu nos conhecemos e depois de pouco mais de um ano namorando à distância, eu morando em Curitiba e ele em Maringá, resolvemos morar juntos. Em 2006 nos casamos. Não pensávamos em ter filhos tão cedo, pois precisávamos terminar nossas faculdades e nos estruturarmos financeiramente para isso. Em 2008, Guilherme se graduou em Direito e logo conseguiu sua carteira da OAB.

No final de 2009 eu terminei a faculdade de Pedagogia e já estava ansiosa para engravidar. No dia 13 de março de 2010 almoçamos fora e à noite passei mal. Achei que tivesse sido algo que comi no restaurante. No dia 15, resolvi comprar um teste de farmácia e deu POSITIVO.

Não sabia se ria ou se chorava. Fotografei o resultado e enviei por e-mail para meu marido com a frase “Parabéns Papai”. No mesmo dia, comentamos que seria legal se fossem gêmeos, mas que não seria possível, porque não sabíamos de casos em nossas famílias.

No primeiro ultrassom, ao ver duas “bolinhas” na tela, comecei a falar sem parar, pois sabia o que aquilo significava, mas não acreditava. Era isso mesmo que eu estava pensando? O médico, muito calmo, disse rindo: “É, ganharam um de brinde!”. Meu marido deu um grito que quase caiu da cadeira.

Choramos juntos ali mesmo de tanta felicidade ao presenciar tamanho milagre. Meus bebês já tinham nove semanas de vida, já estavam formadinhos e eram lindos. E som dos coraçõezinhos eram as duas músicas mais lindas que meus ouvidos já haviam escutado! A gestação foi muito tranquila e mais tarde descobrimos que eram dois meninos bivitelinos.

Com 38 semanas e seis dias, tivemos nossa última consulta de rotina. Como eu estava bem e naquela noite seria a formatura de pós-graduação do Guilherme, marcamos o parto para a segunda-feira seguinte. No entanto, enquanto tomava soro para “relaxar o útero” mudou o plantão.

O médico, quando viu meu prontuário disse que faria o parto naquele dia mesmo, pois não havia razão para esperar mais em se tratando de gestação gemelar. Depois de muita insistência do médico resolvemos ter nossos bebês naquele dia, 23 de outubro de 2010.

Então, às 21:33 horas nasceu Davi com 2,985 kg e 47,5 cm. Dois minutos depois nasceu Daniel, com 2,585 kg e 47 cm. Ouvir o primeiro chorinho dos nossos pequenos foi, sem dúvida o momento mais emocionante de nossas vidas. Deixei de trabalhar para me dedicar a eles, e em nada me arrependo, pois pude presenciar momentos únicos, como os primeiros passos e cada fase do desenvolvimento deles.

Hoje, estão com 1 ano e 5 meses, e estou na 14ª semana de gravidez , e ao que parece, desta vez é uma menina! Será? Somos gratos a Deus por ter nos confiado nossos filhos, que sãos bênçãos, saudáveis e felizes e vieram para completar nosso amor e felicidade”

Gilvana de Souza Ferraz e Guilherme Grillo Ferraz 

Maringá / PR