Sabem que somos irmãos pelo fato de estarmos sempre juntos. No entanto, há pessoas que notam e ficam surpresas com a “magia gemelar”. Claro que somos dois indivíduos diferentes, com personalidades distintas. Nós usávamos roupas e calçados iguais. O penteado também era igual. Acho que a única coisa que nos diferencia são as pintas que meu irmão tem pelo corpo.
As comparações e as brincadeiras foram inevitáveis. É obvio que, como na maioria dos casos de gêmeos, também passamos por situações clichês. Não somos privados daquelas “gracinhas” que acontecem na vida em dose dupla.
“Quem é o Tico e quem é o Teco?” “Quem é Leandro e quem é Leonardo?” “Quem é Faísca e quem é Fumaça?” “Alguém sabe onde está o outro desse?” “O seu aniversário é hoje? E do seu irmão?” Odiava tudo isso! Hoje, me divirto lembrando disso e até sinto saudades.
Alguns fatos curiosos: Dormimos exatamente na mesma posição, mas em lados opostos. Comentamos um mesmo assunto, sem que o outro fique sabendo. Quando um adoece, o outro fica doente em seguida. Apesar do companheirismo, desde o primeiro estágio de vida, literalmente, nunca escondemos a rivalidade fraternal.
As brigas foram inúmeras. Minha mãe merecia um prêmio por ter nos criado sozinha e ter amamentado DOIS bebês (Leonardo e Felipe) até os dois anos de idade, e ainda aguentar a chateação em dobro. Apesar das brigas, nossa relação (de um modo geral) sempre foi boa. Nunca tivemos segredos. A sensação de responsabilidade que um tem para com o outro, sempre foi presente.
Ainda mais quando deixamos nossa cidade natal (Corumbá no Mato Grosso do Sul) para morarmos sozinhos, em Maringá, cidade onde estudamos. O fato é que, ser gêmeo é a MELHOR coisa do mundo. Quem mais poderia me compreender, talvez, até melhor do que eu mesmo?” Leonardo da Costa Urt, estudante de economia e gêmeo de Felipe da Costa Urt.
Maringá / PR
Nenhum comentário:
Postar um comentário