No dia 27 de março de 2009, ao sair do trabalho, decidi passar em uma farmácia para comprar o tal teste de gravidez, de tanto insistirem. Já estava mesmo cogitando uma gravidez, mas não sabia quantas surpresas estavam por vir. Havia parado o anticoncepcional há pouco mais de 1 mês.
Pensei que fosse demorar mais, mas Deus foi generoso e entendeu minha ansiedade, atendendo prontamente, no primeiro mês, me presenteando com o resultado positivo. Quanta emoção! Brindamos, fizemos festa, festejamos bastante naquela noite. Nos dias seguintes, a emoção do primeiro filho foi mudando radical e bruscamente.
Fui ao meu ginecologista e constatei que eu não estava esperando 1 filho, mas sim 2! Eram gêmeos!!! Minha nossa, que susto! Que mistura de emoções. Intrigado, por ter visto outros sacos gestacionais, ele me encaminhou a um laboratório, onde recebi a notícia que mudaria de vez a minha vida – “Está mesmo errado, não são dois, são 4! Dizia o médico, seguro da afirmação e desacreditando que não havíamos feito nenhum tipo de tratamento.”
Naquele momento, tudo parou na minha mente. Fiquei alguns minutos em choque, até que caí na real e comecei a chorar compulsivamente. Como faria com tantos filhos? Como isso era possível? Será que eu daria conta? No decorrer da gravidez, vivi uma montanha-russa de sentimentos. Os primeiros meses foram duros com o enjôo, depois alternava entre apatia e extrema felicidade durante o interminável repouso.
Finalmente, 31 semanas e 3 dias depois, meus amores, as razões da minha vida chegaram ao mundo. Lindos, perfeitos, saudáveis e pequeninos, me ensinaram o verdadeiro sentido da palavra amor. Em 5 minutos conheci Sophia, João Pedro, Laura e Beatriz (nessa ordem) e compreendi que todo o sacrifício, todas as dificuldades enfrentadas tinham sido pouco perto do significado daquilo tudo.
Após 36 dias de UTI levei minha prole para casa e aprendi, diariamente, sobre a vida com múltiplos. O carro certo para acomodar toda a família, a divisão ou não dos quartos, a educação, vestir ou não iguais, a rotina deles, tudo. Continuo aprendendo com cada fase que eles passam. Posso admitir, sem dúvida, que a atual – 2 anos e meio – tem sido a mais difícil de todas.
É uma agitação constante, a casa vive como se tivesse festa todos os dias. São barulhentos, briguentos, ativos, felizes e saudáveis, graças a Deus. Já ficam na escola por período integral para que eu possa trabalhar e ter um tempo para mim, mas quando se encontram nas horas que estão em casa, parece um grande furacão.
A hora de dormir, que antes era muito tranquila, hoje consegue me tirar do sério, me levando quase a loucura, mas assim que sento e vejo os quatro como anjinhos dormindo tranquilamente, agradeço à Deus e me apaixono ainda mais.
A vida com quadrigêmeos é louca, é agitada é barulhenta e cansativa, mas é a melhor, mais intensa, mais completa e feliz que eu poderia sonhar. Nunca me imaginei nessa situação, mas hoje sou realizada por ser chamada de mãe por esse quarteto"
Caú Barbosa Lima e Jerônimo, pais de quadrigêmeos concebidos naturalmente, participaram de um quadro do Fantástico em 2010 chamado "Quatro por Quatro". Você pode acompanhar a história dessa família quadruplicada no blog: http://meuquarteto.blogspot.com.br
São João da Boa Vista / SP
que legal achei eles muitos lindos uma benção de deus mesmo parabens para os papais.
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