(Foto Ilustrativa)
Pesquisa sobre o desenvolvimento da linguagem de gêmeos monozigóticos ou univitelinos ou idênticos.
Estudos sobre gêmeos, principalmente os monozigóticos (univitelinos) tem sido usados como modelo, por diversas vezes, questionando sobre o lugar e a importância que ocupam os fatores como carga genética e influência ambiental. Mas a ampliação de estudos voltados ao controle genético tem deixado claro que qualquer particularidade de comportamento decorre, ao mesmo tempo, tanto de efeitos dos genes, quanto de fatores ambientais.
O objetivo da pesquisa foi analisar o relato das famílias sobre o desenvolvimento dos filhos, desde o momento em que descobriram que era uma gestação gemelar e que sabiam que eram gêmeos idênticos, à procura de indícios dos fatores interacionais e sua relação com a linguagem. Trata-se de um estudo naturalista observacional e os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas realizadas com nove famílias de gêmeos monozigóticos, durante 30 meses. A análise dos dados orientou-se pelo paradigma indiciário e pelos preceitos da perspectiva histórico-cultural.
Resultados: Sete famílias relataram um desenvolvimento diferenciado de linguagem, mas não foi ressaltado de maneira tão relevante a ponto de causar preocupação na família.
Conclusão: No discurso das famílias, a gemelaridade pode trazer implícita a idéia de que o desenvolvimento das crianças não segue o esperado, já que a própria condição de ser gêmeo não é esperada.
Descritores: Gêmeos Monozigóticos; Linguagem Infantil; Características Culturais; Genética; Relações Familiares
Autoras: As Fonoaudiólogas Naraí Lopez Barbetta e Ivone Panhoca e a Médica Pediatra e Sanitarista Maria de Lurdes Zanolli. Todas professoras da UNICAMP.
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