“Mariana e Júlia” Por Shirlei Paravisi

Filhos gêmeos devem ser tratados de acordo com cada personalidade. É preciso garantir a individualidade!

Na casa das gêmeas Mariana e Júlia isso aconteceu naturalmente. Desde bebê, as meninas nunca usaram roupas iguais. Os brincos eram diferentes e o corte de cabelo também.

“Para mim, sempre foram duas filhas e a questão de ser gêmeas que legal, eu bom que são, mas ao mesmo tempo eu não queria que fosse isso, estivesse acima da personalidade delas”, conta a mãe, Daniela Giffoni.

Os pais são os maiores responsáveis pela formação da identidade dos filhos. No caso dos gêmeos, muitos não conseguem ver diferenças no comportamento de cada um.
É o que revelou a pesquisa de mestrado da psicóloga Elisa Bochernitsan, da PUC do Rio Grande do Sul.

“Tem uma valorização pela semelhança, então os gêmeos muitas vezes são vestidos iguais, tem nomes muito parecidos corte de cabelos muito parecidos e isso pode tornar difícil que eles entendam eles tem as suas diferenças e existem diferenças porque são dois filhos” diz Drª Elisa.

Para a psicóloga Nina Furtado, os pais devem valorizar cada filho por suas qualidades. "É muito importante para um filho saber que ele é amado, valorizado pelo que ele é – e não padronizar. Não colocar na mesma sala de aula, por exemplo, acho que ajuda - para que cada um tenha seu grupo, seus amigos e que possam conviver com pessoas diferentes"

As gêmeas Mariana e Júlia, não gostam de serem confundidas. “Eu adoro quando as pessoas percebem que eu sou a Mariana e ela é a Júlia”

Por Shirlei Paravisi / Jornal Hoje