Karina e Kauana Cesca (13) fizeram bonito na Copa Coca-Cola
Jonny e José Pacheco (14) começaram a jogar futebol no Avaí Esporte Clube, aos 11 anos
Os cabelos têm trancinhas em tom castanho. Os olhos, a boca, a faixa na cabeça, tudo é igualzinho, sem contar a molecagem típica de pré-adolescentes. As semelhanças físicas das gêmeas Karina e Kauana Cesca confundem as companheiras de time, amigos, familiares e, principalmente, as adversárias.
Inseparáveis, elas só se desgrudam quando entram em campo, uma na zaga e outra na lateral direita. E ainda pregam "peças" por onde passam. Quem entrega é a mãe, Enilda Cesca.
"Elas fazem muitas brincadeiras com a técnica do time. Combinam em casa e trocam de camiseta, de faixa ou de chuteira, deixam ela louca", revela. As meninas nasceram com apenas 5 minutos de intervalo.
Karina é mais reservada. Como na posição, protege e dá cobertura para que Kauana, falante e despojada, dê espetáculo com as palavras e em campo. Fãs de Marta, elas começaram a jogar aos 9 anos, incentivadas pelo irmão Guilherme (15), que ensinou os primeiros toques de bola.
Empolgadas com o esporte, participaram de campeonatos regionais e municipais e aprimoraram seus chutes no Colégio Estadual Guatupê, em São José dos Pinhais. (PR).
Karina é zagueira e joga com a camisa 3, enquanto Kauana é lateral-direita e veste a 5. Mas distingui-las é difícil até para a técnica Luiza Montingelli, da Escola Furacão.
"Nunca sei qual é qual, sempre confundo. Ninguém do time consegue diferenciar. Agora melhorou um pouco porque elas ganharam chuteiras diferentes. Já cansei de chamar a atenção e brigar com uma achando que era outra. Uma vez briguei com a Kauana porque estava 'perdida' na defesa. Aí a Karina levantou a mão e disse: 'Mas sou eu, Karina, professora'!", ri a técnica, que ainda rasga elogios para a disciplina das gêmeas. "Gosto de meninas dedicadas e elas não faltam a nenhuma atividade, mesmo morando longe do local dos treinamentos. Têm bastante qualidade técnica e nunca tomaram cartão amarelo", conta.
A mesma confusão que acontece com Karina e Kauana também é comum com os irmãos Jonny e José Eduardo Pacheco (14), gêmeos que jogam pelo Avaí Esporte Clube, que disputou a Copa Coca-Cola. Não bastassem as características físicas, eles ainda escolheram a mesma posição para atuar: na zaga.
Jonny e José nasceram na Lapa, cidade do interior do Paraná. E não se separam desde então. Juntos, começaram a jogar futebol aos 11 anos incentivados pelo pai no projeto ONG Lapa Gol. Na época, a dupla já confundia os companheiros de time. A semelhança entre os dois é tão grande que só olhando para o número da camisa para distingui-los: um joga com a camisa 4 e o outro veste a 3.
Para passar instruções à dupla em campo, os técnicos recorrem aos companheiros de time. "É confusão na certa. Na dúvida, passo o recado para algum dos meninos, que me ajudam na hora de passar uma instrução ou de dar uma bronca", brinca Alexandre Murbach, auxiliar técnico do Avaí.
(Fonte: Portal Terra / Fotos Eduardo Bispo)
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