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terça-feira, setembro 11, 2012

Irmãos Caruso celebram 45 anos de carreira

Os irmãos cartunistas e jornalistas Paulo e Chico Caruso começaram a atuar praticamente juntos em jornais vespertinos, passaram por diversos veículos e mídias, marcando a imprensa nacional com traços.

Aos 13 anos, Chico assistiu com sua namorada ao filme “Espadachim de Siena” (1962). Além de ser seu primeiro filme, era a base para seus planos. Desde os 14 anos, queria um trabalho de “só duas horas” para ir ao cinema o resto do dia.

“Arrumei, só que era das 4h30 às 6h30". Sendo assim, "ia de uniforme para o jornal e depois para o colégio”, lembra. Aos 17 anos, entrou na Folha da Tarde (atual Agora SãoPaulo).

Na época, o Diário Popular da Tarde precisava de alguém. Paulo foi chamado e ficou. Foram “juntos” para jornais econômicos; Chico para Gazeta Mercantil e Paulo para o Diário de Comércio e Indústria (DCI); até seguirem caminhos opostos – ou quase. Ambos são formados em arquitetura pela Universidade de São Paulo (USP), mas fazem questão de serem chamados de jornalistas.


PAULO CARUSO - SÃO-PAULINO, FLUMINENSE, MORA EM SP

Após atuar no DCI, publicou na Folha de S.Paulo e na Veja. O convite do editor da revista Careta para fazer uma edição só de quadrinhos e política com o repórter Alex Solnik, resultou na página de humor “Bar Brasil”. A seção continuou na revista Senhor e chegou na IstoÉ, como “Avenida Brasil”.

Após 25 anos na publicação, foi para o Jornal do Brasil com coluna aos domingos até o fim do veículo. Na metade da década de 1980 passou a atuar na Época em paralelo à participação no programa “Roda Viva”, da TV Cultura, fazendo, ao vivo, caricaturas de personalidades e assuntos debatidos no programa. Há pouco, começou a fazer caricaturas e comentários sobre músicos no “A Cara do Jazz”, na Rádio Eldorado. “Uni meu lado músico ao do desenho”, comemora.

CHICO CARUSO - CORINTIANO, VASCAÍNO, MORA NO RJ

Um desenho para IstoÉ do general Figueiredo ainda “candidato a candidato” fez o Jornal do Brasil chamá-lo nas férias do Ziraldo. Ficou por cinco anos até ir para O Globo, onde está há 28 anos. Na TV, o “Jornal da Globo” leva ao ar duas vezes por semana uma animação onde só grava a voz e faz o texto, mas não desenha. “Acho bom, porque a gente vai enxergando menos, a mão começa a tremer”, brinca.

Mesmo trabalhando em mídias e com métodos diferentes, ambos concordam quanto ao feedback por exemplo. “Você chega na padaria e o cara comenta se viu, se gostou ou não. A revista é algo que exige um outro tempo e outro público”, diz Paulo. “Acho que o jornal é mais interessante por causar crônica do dia a dia”, completa Chico.

“As diferenças estão dentro das semelhanças”, afirma Paulo. Para ele, basta conviver um pouco para distinguir. “O Chico está com cabelo mais branco que o meu, eu estou mais barrigudo que ele”, compara. “O Paulo é mais prolixo. Inclusive, é músico, toca piano e violão. Sou mais sintético. Ele desenhava grandes batalhas, eu desenhava o bandido e mocinho”, diz Chico.

62 anos de vida, 45 de carreira, muitas diferenças e uma semelhança fundamental. “Nossa função é resumir os fatos do dia com humor através do desenho,” diz Chico. “Trabalhamos com nosso prazer, nossa diversão”, completa Paulo. “A nossa cachaça é isso, o jornalismo”, afirmam.

Por Jéssica Oliveira e Vanessa Gonçalves / Portal Imprensa

("Clones" Por Paulo Caruso)

Paulo Caruso já participou deste projeto com um relato enviado em 2011. Leia aqui!

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