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terça-feira, novembro 20, 2012

A experiência 'quase morte' de Amanda Cable

(Amanda Cable com seus três filhos: Ruby, Archie e Charlie)

Amanda Cable era cética em relação a vida após a morte, até que uma experiência de ‘quase morte’ mudou tudo.

O primeiro dia de aula da minha filha ficou marcado pra mim. Numa quinta-feira, dia 5 setembro de 2003, aos 5 anos de idade, Ruby colocava o uniforme para ir à escola enquanto eu passava por uma cirurgia.

Durante a operação eu tive uma experiência de quase-morte dramática. Os cientistas dizem que essas experiências acontecem quando as substâncias quântica formando 'licença' a alma do sistema nervoso e entrar no universo.

Dr. Stuart Hameroff, da Universidade do Arizona, afirma que a essência das nossas almas estão contidas em microtúbulos dentro das células do cérebro. Eu não sei se esta explicação é verdadeira. Outros dizem que experiências de quase morte é um fenômeno psicológico, alguns que são o resultado de uma mudança química no cérebro.

Mas o assunto realmente é interessante. Mais de 660 leitores do Mail Online comentou sobre pesquisa do Dr. Hameroff - muitos relatando suas próprias experiências de quase morte.

Eu não sou religiosa, nunca acreditei em vida após a morte. Sou uma filha pragmática de um cirurgião, que sempre acreditou que a vida termina na morte. Eu nunca imaginei que aconteceria comigo algo tão extraordinário e inexplicável como uma experiência de 'quase-morte'

Certa manhã senti uma dor que durou dois dias. Eu estava agoniada, não conseguia andar nem comer. Pela primeira vez pedi por telefone uma visita médica domiciliar urgente e devo minha vida ao fato deles terem chego muito rápido.

Meu marido Ray estava no trabalho, Ruby e seus irmãos de 2 anos de idade, os gêmeos Charlie e Archie - estavam desfrutando o último dia de férias num acampamento. Quando cheguei ao Hospital, os médicos descobriram que eu estava grávida. Era uma gravidez ectópica* - o que significa que o bebê estava na trompa de falópio.

Ray foi chamado no trabalho e ele correu para o hospital. Infelizmente, a qualidade do atendimento que recebi não foi boa. Deram-me morfina para a dor embora eu tivesse perdido muito sangue com uma hemorragia interna.

No dia seguinte era o primeiro dia de aula da minha filha, e eu estava muito triste porque queria acompanha-la. Então, pedi para o meu marido fazer isso.

Às 03h30 da madrugada acordei de um sono profundo e sentindo uma dor tão forte que mal podia respirar. Chamei a enfermeira pela campainha e logo vi o médico batendo firme no meu rosto dizendo para eu acordar. Um alarme estava tocando. O som de pessoas correndo em todas as direções encheu o corredor.

Outro médico sentiu o pulso no meu pescoço e disse: "Ela é taquicardia." Eu sabia que isso significava um batimento cardíaco irregular - então percebi que algo muito sério estava acontecendo comigo.

Enquanto uma equipe médica me transportava para o centro cirúrgico, meu pulso parou. Fiquei estranhamente consciente de tudo à minha volta. O inferno começou.

Olhei para uma enorme e brilhante luz branca acima da minha cabeça e lutei para me manter calma. Pensava dos meus três filhos, que estavam em casa dormindo, sem saber que a mamãe estava morrendo. Pensei no meu marido tentando dar à eles a má notícia.

A morte foi acenando, mas eu estava consciente de tudo. De repente, eu senti meu corpo inteiro que está sendo sugado para dentro da luz branca acima. Eu me encontrei em um túnel branco - e eu sabia que eu tinha morrido. Houve uma maravilhosa sensação de calma.

Em vez de uma dor horrível, eu me senti lúcida e leve. Eu sabia o que estava acontecendo, mas eu não sentia medo. Eu sabia que tinha de me juntar aos meus entes queridos que já estavam do outro lado. Foi uma aceitação tranquila e serena.

Virei-me, à espera de ver a minha avó que tinha falecido alguns anos antes. Em vez disso, vi Ruby com o uniforme da escola e o cabelo arrumado. Fiquei feliz, mas um pouco surpresa. Nunca tinha visto minha filha de uniforme. Ela sorriu, pegou minha mão e disse "Venha comigo mamãe".

Descemos o túnel branco e Ruby olhava para mim insistindo: “Rápido mamãe!”. No fim do túnel havia um portão. Parei, sentindo um desejo de voltar para onde eu tinha certeza de que minha querida avó e outros enti-queridos estariam esperando para me cumprimentar.

Mas, Ruby disse: "Mamãe, passa pelo portão AGORA!” Quando entrei, ela fechou o portão atras de mim e o choque sacudiu meu corpo. Tenho certeza de que foi nesse momento que o desfibrilador (usados pelos médicos) chocou meu coração.

Não lembro de mais nada até acordar na UTI. Um médico se inclinou e disse “ Sinto muito, você ainda não está fora de perigo. Precisamos de alguém da sua família aqui”

Horas depois, Ray chegou ao hospital trazendo uma fotografia de Ruby entrando na escola, em seu primeiro dia de aula. Ela estava orgulhosa, sorrindo com seu uniforme e sapatos novos. Ela estava exatamente como eu tinha visto no túnel branco.

Saí do hospital uma semana, após uma transfusão de sangue. Os efeitos da cirurgia foram devastadores. Perdi o bebê. Mas, ironicamente minha "morte" transformou minha vida.

Nós sempre tivemos babá, mas agora eu quero cuidar dos meus filhos. Estava casada há 9 anos com Ray – e minha experiência de ‘quase-morte’ me fez querer estar mais com ele. Passamos a nos dedicar mais um ao outro.

Três anos depois da cirurgia, me emocionei quando levei meus filhos gêmeos à escola, para o seu primeiro dia de aula. Eles reclamaram porque tirei muitas fotos, mas pra mim significou muito estar lá. Nunca serei capaz de entender e explicar o que me aconteceu naquele dia fatídico, mas, parei de ter medo da vida. Por Amanda Cable / Daily Mail

*Gravidez ectópica é o nome dado a uma gravidez que ocorre fora da cavidade uterina, sendo o problema mais comum - a retenção do óvulo nas tubas uterinas (ou trompa de falópio) chamada gravidez tubária. Porém a implantação do ovo também pode ocorrer na cavidade abdominal, nos ovários, no canal cervical ou nos cornos uterinos.

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