A tecnologia de impressão 3D está transformando a medicina. Casos como o das gêmeas guatemaltecas, Josie Hull e Teresa Cajas , que nasceram unidas pela cabeça, porém apresentavam cérebros completos e distintos, com artérias separadas e uma membrana divisora – provam isto.
Com a tecnologia 3D da Objet, a equipe médica do Hospital Infantil Mattel da Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) pode planejar a bem-sucedida operação de separação das siamesas, realizada em agosto de 2002.
A cirurgia das gêmeas que ficaram conhecidas como as “Duas Marias”, levou apenas 22 horas. "Procedimentos semelhantes no passado levaram até 97 horas. Parte da economia de tempo certamente pode ser atribuída aos modelos de prototipagem rápida" afirma Eitan Priluck, fundador da Biomedical, fabricante de soluções de prototipagem rápida para uso médico que colaborou com os médicos da UCLA neste caso. Modelo em 3D foi usado pelos médicos para treinar detalhes da cirurgia.
A separação de gêmeos siameses é um procedimento extremamente complicado, mas os cirurgiões do UCLA consideraram que a operação era viável. A parte mais complexa da cirurgia era a separação das veias e o redirecionamento do suprimento de sangue das gêmeas. Como os vasos sanguíneos estavam entrelaçados, rastreá-los com o auxílio de raios X bidimensionais padrão seria impossível.
Assim, um dos médicos do hospital sugeriu aplicar a técnica de prototipagem rápida tridimensional para ajudar os cirurgiões plásticos a treinar a separação dos crânios das meninas, redirecionar o suprimento de sangue e planejar a implantação de pele para cobrir os cérebros separados.
A Biomedical Modeling Inc. (BMI), de Boston, fabricante de soluções de prototipagem rápida para uso médico, foi responsável por fazer a ponte entre a UCLA e a InterPro, um bureau de serviços de prototipagem rápida de Connecticut com profissionais treinados e capacitados na tecnologia de impressão 3D da Objet.
Para que essa nova tecnologia fosse usada na cirurgia de separação das gêmeas, a equipe da UCLA forneceu à BMI três tomografias computadorizadas em ângulos diferentes. A BMI registrou e combinou os exames dos cérebros das irmãs e a interseção dos dois crânios em um único modelo 3D.
(As "duas marias" aos 10 anos)
A BMI então usou o software Materialise MIMICs para mesclar os exames e processar os dados, inclusive um biomodelo do crânio que continha a malha de vasos sanguíneos. O protótipo ajudou a equipe a analisar o interior dos cérebros das gêmeas e cirurgia de separação foi um sucesso.
(Fonte: Segs Portal Nacional)
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