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segunda-feira, dezembro 17, 2012

“O primeiro transplante renal bem sucedido” Por Joseph Murray

(Dr Joseph Murray falecido em novembro de 2012)

(Foto Pintura: “The First Successful Kidney Transplantation,” de Joel Babb)

(Richard e Ronald Lee Herrick)

Em 23 de dezembro de 1954, o cirurgião Joseph Murray realizou o primeiro transplante de rim bem sucessido em Boston (EUA). Ronald Lee Herrick doou um rim para o seu irmão gêmeo idêntico Richard Lee Herrick.

O jovem médico Joseph Edward Murray havia se dedicado a ajudar soldados queimados na Segunda Guerra Mundial, fazendo enxertos de pele para salvar vidas. Ele foi responsável por um único enxerto de pele entre gêmeos idênticos, que não houve rejeição. O Dr Murray foi para “Brigham and Women's Hospital” no Massachusetts para entender o porquê.

Até que em 1954, um paciente em estágio final de insuficiência renal - Richard Herrick de 23 anos, foi encaminhado para o hospital. Richard tinha um irmão gêmeo idêntico saudável, Ronald, que estava disposto a doar um rim e o Dr Murray queria fazer o transplante.

Mas, houve protesto público na época. Muitos acreditavam que seria um risco enorme extrair um rim de uma pessoa saudável, outros disseram que a equipe médica estaria “brincado de Deus” comparando o Dr Murray ao Dr. Frankenstein.

No entanto, o médico, um cristão devoto, sabendo da grande responsabilidade, fez algumas conferências no hospital. “Tivemos o cardeal, um líder da fé judaica, porque queríamos chegar a um consenso” disse Murray que depois ganhou um decreto especial da suprema corte do estado que permitiu a cirurgia inédita.

Uma noite antes da cirurgia, Murray ajoelhou-se com sua família em oração, pedindo com fé que todos tivessem um natal feliz naquele ano. No dia 23 de dezembro, foram realizadas duas cirurgias simultâneas nos irmãos gêmeos. Ronald, sendo o doador e Richard, o receptor.

Dr Murray, que recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1990, muitas vezes comentou da acrimonia (aspereza) que ele encontrou na vanguarda da ciência. "Temos que evitar a arrogância de pessoas de ambos lados (ciência e religião) que pensam que tem todas as respostas. Quanto mais aprendemos sobre a criação, mais podemos contribuir para a glória de Deus." disse ele.

Murray morreu aos 93 anos em novembro de 2012 no mesmo hospital onde fez história. O médico também mostrou que, com a mistura adequada de respeito e determinação, é possível unir ciência e fé para alcançar milagres.

Por Diane Speare Triant / The Boston Globe

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