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segunda-feira, março 25, 2013

"Transgêneros" O caso de Mathis Coy

(Nascido menino, Mathis Coy tem 6 anos, é trigêmea, se porta como menina e tem crises de ansiedade quando alguém o trata como garoto)

(Jeremy e Kathryn Mathis com os cinco filhos, incluindo trigêmeos)

Colégio no Colorado é cenário de disputa de direitos de transgêneros

Mathis Coy é trigêmea e nasceu menino, mas se comporta como menina desde os 18 meses de idade. No meio do jardim de infância, após uma consulta com os médicos, os pais de Mathis informaram a escola que ele se identificava como sendo uma menina e que deveria ser tratado como uma – seja utilizando pronomes femininos para descrevê-la ou em permitir que ela usasse vestidos.

A família mora no Colorado, Estados Unidos. "Ficou muito claro que não era apenas um caso de gostar de coisas cor de rosa ou mais femininas", disse a mãe Kathryn Mathis. Ela conta que Mathis tinha ataques de ansiedade quando as pessoas a tratavam como um menino. "Era o jeito dela de nos mostrar que ela era uma menina".

Em 2012, com 6 anos de idade, Mathis entrou na primeira série. Mas os pais a tiraram da escola depois de saber que ela já não podia usar o banheiro feminino, mas poderia usar um banheiro de gênero neutro. Uma carta de um advogado do Condado Escolar Fonte-Fort Carson explicou que "A medida que Mathis cresce e seus órgãos genitais masculinos se desenvolvem junto com o resto do seu corpo, alguns pais e alunos tendem a ficarem desconfortáveis com seu uso do banheiro feminino".

Agora, o caso dela se encontra no centro da disputa jurídica que provavelmente deverá testar a legislação anti-descriminação do Colorado, que ampliou proteções para pessoas transexuais em 2008. É uma questão que tem se tornado mais comum nos últimos anos, à medida que grupos de defesa buscam garantir que os distritos escolares estejam mais sintonizados com as necessidades das crianças transexuais. De acordo com o Fundo de Defesa e Educação Legal de Transgêneros, que entraram com uma queixa com a divisão do grupo dos direitos civis do Colorado em nome dos Mathises, 16 Estados e o Distrito de Columbia oferecem alguma forma de proteção legal para as pessoas transexuais.

Em muitos casos, essas proteções se estendem para as escolas, aonde ações como ir ao banheiro e usar um vestiário podem ser especialmente traumáticas para os alunos transexuais. Recentemente, mesmo nos Estados onde não existem proteções, os distritos escolares tornaram-se mais propícios a buscarem uma solução quando surge um problema, disse Michael Silverman, diretor-executivo do grupo. No entanto, os conflitos sobre identidade de gênero são compreensivelmente território sensível para administradores, estudantes transexuais e suas famílias.

O Departamento de Massachusetts do Ensino Fundamental e Ensino Médio, recentemente emitiu orientações sobre o tratamento de estudantes transexuais, dois anos após a Assembleia Legislativa ter aprovado uma lei que proíbe a discriminação com base na identidade de gênero. As orientações explicam a nova lei e descrevia situações que as escolas poderão enfrentar. "Nossa principal preocupação é ter a certeza de que cada criança terá um ambiente de aprendizado seguro", disse Jonathan Considine, um porta-voz do departamento.

Ainda assim, defensores dos homossexuais e transexuais disseram que estudantes transexuais, embora seja normalmente uma pequena minoria, são particularmente vulneráveis ao assédio moral e assédio físico. Em um estudo de 2012 pela organização Byard, muitos alunos do ensino fundamental relataram ter ouvido comentários de colegas sobre como meninos e meninas devem agir e se vestir. Cerca de um terço dos professores entrevistados disseram que alunos do ensino fundamental que não estão em conformidade com as normas de gênero se sentem desconfortáveis em suas escolas.

O caso de Mathis chamou mais atenção, de acordo com defensores, pois ela é muito jovem e o distrito escolar do Colorado colidiu com os pais sobre o que era melhor para sua criança. Nesse caso, a divisão do Estado dos direitos civis está investigando se o distrito escolar do Colorado violou alguma lei ao proibir Mathis de usar o banheiro feminino. Os pais disseram que ainda estavam perplexos sobre o que fez com que o distrito escolar mudasse sua opinião, especialmente porque inicialmente os administradores da escola pareciam não ter problemas nenhum com a situação.

"Isso não faz sentido para mim", disse o pai, Jeremy Mathis, contando que a filha tinha feito muitos amigos e estava visivelmente mais feliz desde sua identificação como sendo uma menina. "Este é o ensino fundamental, e você está querendo isolar essa garota ao dizer que ela tem que usar um banheiro especial?" Enquanto isso, os trigêmeos estão sendo educados em casa. Embora estejam divididos sobre essa opção, os pais disseram que não os colocariam de volta na escola até que Mathis possa usar novamente o banheiro feminino.

Mathis disse que preferia estar na escola com seus amigos, mas está ciente do porque ela não está lá. "Eles estão sendo maldosos comigo. E eles estão me dizendo que eu sou um menino quando na verdade eu sou uma menina" disse ela. (Fonte: Último Segundo IG)

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