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segunda-feira, abril 22, 2013

Gêmeos são julgados por crime em Arapongas (PR)

(Dona Lairce, segura foto da filha assassinada / Foto: Sérgio Rodrigo)

Gêmeos acusados de matar jovem grávida serão julgados!

Após 9 anos de espera, familiares de Marissol Lopes Machado, assassinada brutalmente aos 26 anos, podem finalmente ter uma resposta da Justiça. Nesta segunda-feira (22), às 9 horas, acontece no Tribunal do Júri, em Arapongas, o julgamento dos irmãos gêmeos acusados de planejar e executar a jovem. Os réus, Fabiano Marchi Vieira de Gouvêa – marido da vítima na época - e seu irmão gêmeo, Fábio Marchi Vieira de Gouvêa devem se sentar pela primeira vez diante de um júri popular.

Marissol estava grávida de oito meses quando foi espancada e morta com uma facada no pescoço, em sua casa na noite de 03 de abril de 2004. Conforme a acusação da promotoria, o marido seria o mentor intelectual do crime, já o irmão, o executor. A denúncia alega que, com a morte da jovem, Fabiano seria beneficiário com três seguros de vida de aproximadamente R$ 700 mil.

Apesar da demora, a irmã da vítima Ana Paula Lopes Machado, acredita que tudo acontece na hora certa. "São quase dez anos. A espera foi angustiante, quase agonizante, porém não desistimos nenhum dia", afirma. Ana foi quem encontrou a irmã morta. Na noite do crime, Fabiano entrou em contato e foi buscá-la em casa para que ela fosse dormir com a Marisol alegando que precisava viajar. Ao chegar ao local, Ana encontrou a irmã caída em meio a uma poça de sangue. "Achei que ela estava desmaiada e havia perdido o bebê. Pensei em tudo, menos que ela estava morta", conta.

Após o crime, Ana Paula conta que a família buscou diversas explicações para não acreditar que o próprio marido havia planejado o crime. Contudo, fortes evidências surgiram no curso das investigações. Os gêmeos não assumem a autoria do crime, alegando latrocínio, roubo seguido de morte. "Não me surpreende. O seguro de vida cobre apenas latrocínio", informa Ana Paula. Ela não sabe se Fabiano chegou a receber alguma das apólices. "No Brasil temos certeza que não, agora já em Portugal eu não sei", disse.

Além de conviver com a dor da perda e a morosidade no processo, a família de Marisol ainda cruzou diversas vezes com os acusados que atualmente moram no município. Em 2011, após protesto de familiares e amigos de Marissol, foi marcada a data do julgamento para abril do ano seguinte, contudo, a sessão foi adiada após pedido de desaforamento junto ao Tribunal de justiça (TJ).

Para Lairce Lopes Machado, independente da decisão, a família já possui a maior condenação. "A saudade é muito viva e vai continuar para sempre. Eu perdi a minha filha", disse a mãe segurando a única foto que possui da neta que nem chegou a nascer. "Quando ela chegou de Portugal, me entregou uma foto do exame de ultrassom da Lavínia. Mal sabia eu que seria a única". Os réus chegaram a ficar três anos presos, mas ganharam direito a responder o processo em liberdade condicional, porque o julgamento não havia sido marcado.

DEFESA - O advogado dos irmãos, João dos Santos Gomes Filho, questiona o processo de acusação e alega inocência dos réus. Segundo ele o inquérito não possui outra linha de investigação. "Existem elementos informativos permitindo que a investigação abrisse outras vertentes. Sempre se teve certeza que foram eles. Certeza que nunca foi materializada em provas", disse.

O julgamento está previsto para começar às 9 horas. Na acusação estão os promotores Tiago Oliveira Gerardi, Fernando Augusto Sormani Barbugiani, e o advogado Rudi de Oliveira como auxiliar. A previsão é de que o julgamento ocorra até a madrugada de terça-feira. Ao todo, quatorze testemunhas serão ouvidas, quatro de defesa e dez na acusação. Por Cindy Annielli / TNOnline

2 comentários:

  1. ola gostaria de saber que lugar de arapongas essa moça morava.

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  2. A matéria não menciona. Não temos como saber o endereço dela.

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