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terça-feira, abril 02, 2013

"Temperamentos Distintos" Por Tania Zagury

(Foto Ilustrativa)

Sumara Mizumoto - Tenho um casal de gêmeos de 8 anos. Meu filho sempre está de bom humor, acorda sempre sorrindo, sempre solícito e obediente, mas em compensação a minha filha acordada de mau humor, fica sempre retrucando e respondendo, faz tudo errado para chamar a atenção. Já tentamos colocá-la de castigo, conversamos, mas não resolve. Estou ficando agoniada com este comportamento. O que eu posso fazer para melhorar? 

Tania Zagury - Sumara, não se preocupe tanto! Embora você tenha filhos gêmeos, eles são dois indivíduos, e, portanto, diferentes. E isso inclui temperamento também. E é uma felicidade o menino ser assim doce e de fácil trato. Já imaginou se fossem dois os mal-humorados? Sua filha talvez seja mais insegura e deve, por isso mesmo, sentir-se menos querida (mesmo que não seja verdade).

E, na medida em que escolheu chamar a atenção de vocês dessa forma desagradável, acabou fazendo com que naturalmente vocês tenham uma relação mais tranquila com o menino – o que só referenda o ciúme dela. Tente fazer o seguinte: sempre que estiver em casa, procure dividir com outra pessoa as atribuições com as crianças, de forma que você ou o seu companheiro fiquem dando atenção exclusiva a ela. Ela não precisa de castigo.

Ela necessita é se sentir amada. Claro que não significa que vocês vão deixar de ser carinhosos com o menino, mas devem procurar sempre ressaltar o que ela faz bem feito, para que se sinta querida e admirada. Não tente explicar isso a ela com “papo-cabeça” – é muito mais produtivo ter atitudes que mostrem claramente que ela não tem motivos para se sentir rejeitada.

No entanto, é preciso deixar claro também que vocês não aceitam nem cedem a birras e má-criação. Nessas horas diga coisa do tipo "Ah, que coisa feia, agindo assim você nem parece com a minha filha linda e tão querida! Vou esperar passar esse mau-humor; só depois vamos voltar a conversar e brincar". E faça isso, não ceda aos desmandos dela de jeito algum. Nessa crise, quanto mais calmos e coerentes vocês forem, tanto mais rapidamente farão com que ela supere esse sentimento de menos-valia.

Tania Zagury, filósofa e mestre em educação / Revista Crescer

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