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terça-feira, junho 18, 2013

Seleção Feminina de Vôlei com Monique e Michelle Pavão

Gêmeas da seleção relembram os tempos de natação no Fluminense. Antes de se destacarem com a camisa da seleção brasileira de vôlei, Monique e Michelle encararam a piscina até os 12 anos.

É preciso passar um tempo ao lado das gêmeas Monique e Michelle Pavão para conseguir distinguir. As gêmeas univitelinas do Praia Clube, de Uberlândia, confundem até os locutores especializados em vôlei, se não fossem salvos pelos números 15 e 16 às costas das jogadoras. Mas a confusão poderia ter sido ainda pior. Até os 12 anos de idade, as inseparáveis parceiras praticavam outro esporte, em uma superfície muito mais difícil de serem identificadas.

"Antes do vôlei, praticamos vários esportes pelo Fluminense. Começamos na natação, como qualquer criança, e também fizemos jazz. Na verdade, o vôlei apareceu por acaso. Todos os dias saíamos da piscina e íamos assistir ao treino da Dani (irmã mais velha das gêmeas) na escolinha de vôlei. Um dia, a Elaine, professora da época, nos chamou para treinar e nós topamos. Apesar dos inúmeros apelos do Custódio, nosso técnico na natação e que apostava muito na gente, nunca mais voltamos para as piscinas. A verdade é que já queríamos sair da natação, e o convite para jogar vôlei foi só o motivo que faltava" revelou Monique, interrompida delicadamente pela irmã Michelle, durante uma visita ao clube das Laranjeiras.

"Ele insistia tanto para voltarmos, que tínhamos que passar longe da piscina (risos). Ainda tentaram nos levar para o nado sincronizado. Como não tinham gêmeas na equipe do Fluminense, o que até certo ponto é comum na modalidade, a Magali (técnica do clube tricolor) fez de tudo para nos convencer. Mas não teve jeito, continuamos no vôlei". lembrou Michelle.

Sorte de José Roberto Guimarães. Sem Sheilla, Paula Pequeno, Natália e Jaqueline, o técnico da seleção brasileira recorreu às atacantes de 26 anos e reveladas nas Laranjeiras para as disputas dos Torneios de Montreux (SUI), Alassio (ITA) e para o Grand Prix, em anúncio feito nesta segunda (17). Convocadas pela 1ª vez para a equipe adulta, as irmãs deram conta do recado e esperam ter colocado uma pulga atrás da orelha do tricampeão olímpico.

"Ficamos surpresas com a convocação porque sempre ouvimos que éramos baixas para jogar em nível internacional. Foi ainda mais especial porque eu nunca tinha sido convocada antes, e agora fomos chamadas juntas. Quando a Michelle foi para a seleção juvenil, em 2005, eu estava machucada. É um momento especial nas nossas carreiras", afirmou Monique, de 1,78m, eleita a melhor jogadora do Brasil na vitória por 3 a 0 sobre a Itália, na final do Torneio de Alassio, no início de junho.

Dentro ou fora de quadra, elas não se desgrudam e nas raras vezes em que isso acontece, elas admitem que é estranho. A parceria entre as irmãs é tão grande que elas só não defenderam o mesmo time ao longo da carreira nas passagens de Michelle pelo Minas e pelo Sesi-SP.

"Quando eu estava no Minas, a Monique voltou para o Macaé, e na temporada em que me transferi para o Sesi-SP ela acabou indo para o Praia Clube. Admito que a primeira separação foi estranha, e sentimos muita falta uma da outra. Afinal, nascemos e crescemos fazendo tudo juntas" disse Michelle.

A cumplicidade entre as irmãs é tão grande, que nem após se casar com o ex-goleiro de futsal Guilherme, em abril deste ano, Monique conseguiu 'se livrar' da irmã. "Como ele está estudando engenharia civil e mora aqui no Rio, eu e Michelle continuamos morando juntas em Uberlândia. Vida de atleta é assim, ele já está acostumado com essas mudanças" explicou Monique, arrancando uma provocação bem humorada de Michelle. "Agora eu tenho que dividir a minha irmã com o Guiga" (risos).

Aliás, uma das únicas maneiras de diferenciar as gêmeas é a aliança dourada de casada na mão esquerda de Monique. Mas nem isso foi capaz de identificar as ex-jogadores do Fluminense durante uma visita às Laranjeiras na segunda-feira. Sob os olhares curiosos dos sócios tricolores, elas não esconderam a emoção em voltar ao local onde tudo começou.

"Não vínhamos aqui há mais de dez anos. A quadra está igualzinha, só o teto que mudou. Acho que poucos funcionários da nossa época ainda trabalham aqui, mas bate uma saudade enorme daquele tempo". afirmou Monique, apoiada por quase que num coro pela irmã. Por Marcello Pires / Globo Esporte

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