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terça-feira, agosto 27, 2013

Acrobacias com Nathália e Nayara Tosi Dias

As atividades das quais as gêmeas Nathália e Nayara Tosi Dias participavam no período da tarde, após o colégio, se transformaram em coisa séria. Durante a adolescência, elas foram alunas de oficinas de lira circense, arco suspenso no qual o artista executa movimentos aéreos, promovidas na sede do Cajuv (Coordenadoria de Ações para a Juventude), em São Bernardo do Campo. Hoje, aos 23 anos, as irmãs apresentam suas acrobacias em diversos pontos do País, além de já ter no currículo passagens por países como Itália, Egito e Turquia.

O talento da dupla chamou a atenção da curadoria do Festival Paulista de Circo e elas foram convidadas para fazer parte da programação deste ano, que irá ocorrer em Piracicaba entre os dias 12 e 15 (leia mais abaixo). Será a primeira participação das meninas no evento. Elas levarão para o Interior performance de double lira que elas chamam de arco reflexo. "O termo fala do impulso que nosso corpo tem com tudo o que está à nossa volta. Usamos esse jogo de palavras para explorar as sensações que as pessoas podem ter ao ver a lira e abordamos o reflexo de movimentos que acabamos fazendo lá no alto, já que somos gêmeas", explica Nayara. "Por sermos parecidas, o número brinca bastante com a questão do espelho", completa Nathália.

Ao contrário do que se imagina, as Gêmeas Dias não fazem parte de uma trupe itinerante. Seus espetáculos também podem ser vistos em shows da banda O Teatro Mágico, do qual participam desde 2011. Enquanto a música agita o público, elas são responsáveis por embelezar o palco com sua performance. Em setembro, estreiam em sua cidade natal o espetáculo circense com a Cia. Diálogos Acrobáticos. Apresentações em ocasiões diversas complementam a renda.

"Muitas pessoas fazem a double lira, mas nosso diferencial é justamente o fato de sermos gêmeas. Além da vantagem de sermos parecidas sem precisarmos fazer nada, há a questão da sintonia. É preciso que as duas pessoas estejam com a mesma energia, não é só treino. Temos uma cumplicidade especial e usamos o máximo disso. Até desenvolvemos números solo, mas sempre somos chamadas para nos apresentarmos em dupla", diz Nayara.

FORÇA E LEVEZA - A exigência física para os exercícios na lira é grande. Como não são fãs de academia de ginástica, as irmãs tentam se dedicar ao máximo aos treinos na argola. Segundo Nathália, "a dor e os calos são inevitáveis. Mas depois você acostuma. Não é nada de outro planeta, basta prática". 

O truque está em fazer parecer que tudo é super natural. Para Nayara, a ideia do circo no passado, quando os artistas tinham de mostrar a força que estavam fazendo em seus números, ficou para trás. "Acho que hoje em dia é o contrário. Temos de fazer esses mesmos movimentos como se fosse a coisa mais fácil do mundo. E tudo com muita leveza", diz. Por Luís Felipe Soares / Diário do Grande ABC

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