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segunda-feira, maio 31, 2010

"Giovanna e Olivia" Por Thales Rabello

"Tenho três filhas: Sophia com 9 anos e as gêmeas Giovanna e Olivia com 11 anos. Infelizmente, não as vejo desde Março de 2008, resultado da incompreensão – principalmente da mãe – e apoiada pela justiça brasileira que julga normal afastar filhos de seus pais, sem qualquer justificativa compreensível e ainda apelida de “ visitas”, como se pais fossem presidiários.

Faço parte de uma ONG, denominada Associação dos Pais e Mães Separados – APASE - que, mobilizados em todo o Brasil, conseguiu aprovar a Lei de Guarda Compartilhada. Atualmente, queremos aprovar um projeto lei, caracterizando um crime - a Síndrome de Alienação Parental (SAP). Fenômeno fatal no equilíbrio bio-psíquico de futuros adultos. E juízes resistem em aplicá-la. O desequilíbrio das relações começa nessas Varas.

Gêmeos, foco do seu blog, é fascinante. Quando minhas filhas gêmeas tinham por volta de três anos, criamos uma Associação de Mães de Múltiplos pelas enormes dificuldades que encontramos no Brasil, para adquirir, desde equipamentos até passeios inadequados para os carrinhos, com experiências de mães e pais sobre como encarar o desafio.

No meu caso, Sophia veio para dar uma síntese delas e criar um ambiente de amizade e ótimo relacionamento entre as três. Da minha parte, as meninas sempre foram vistas como seres independentes – embora univitelinas – com personalidades próprias e formas particulares de verem a si e o mundo.

Nada de roupa igual, por exemplo. Como pai – e o fui aos 40 anos – nunca reproduzi comportamentos que recebi, daquela visão antiga de que as crianças devem ser subestimadas, sem qualquer espaço para pensar, se expressar e darem opinião sobre suas vidas e formas de encarar a existência.

Criança significa curiosidade, propensão ao risco, busca, o que dá sentido à existência e, em consequência, à vida. É espetacular quem as vê com distanciamento, sem querer imprimir nelas, de forma ostensiva, desrespeitosa e impositiva modelos e formas de pensar. Exercemos influencia pelo exemplo e pela conduta.

Crianças detestam ambiguidades e mentiras. Devemos, e o fiz com as minhas (espero voltar a fazê-lo) conquistá-las com exemplos de dignidade, decência e, porque não, irreverência. Elas são sempre esperança de tornar o mundo melhor e as pessoas cada vez mais humanas.

Precisamos educar as crianças para não punir os adultos.
Educar é, em minha experiência, no sentido do Saint Exupéry, cuidar de quem cativamos. E elas adoram serem cuidadas como humanos e não como objeto de projeção de genitoras (que passam mais tempo) e, óbvio, genitores de suas neuroses e desequilíbrios. Parabéns pela iniciativa!" Thales

Thales de Azevedo Rabello Leite é administrador de Empresas, Vice- Presidente da ONG APSE na Bahia, compõe uma OCIP com o Maestro Julio Medaglia para fundação de filarmônicas e é Fundador da primeira agência brasileira de palestrantes - 1994.

Brasília / DF

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