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terça-feira, maio 11, 2010

Juliana engravidou do cunhado

O primeiro Dia das Mães da professora Luciana Ferrari de Oliveira, mãe das trigêmeas: Júlia, Taís e Lívia. A família vive em Vitória, no Espírito Santo. Mas, antes de viver a emoção de ser mãe de trigêmeas, Luciana enfrentou momentos de muita angústia e incerteza. “Quando o médico falou ‘você não pode ter filho’, foi um choque grande”, disse Luciana.

Aos 17 anos, Luciana descobriu que jamais poderia engravidar, mas ela nunca desistiu do sonho de ser mãe e se apegou a uma esperança: a de encontrar uma fada madrinha que pudesse gerar as filhas por ela. Luciana tem um problema raro conhecido como Síndrome de Rokitansky. Ela nasceu sem útero, mas um segundo médico que ela procurou deu a boa notícia.

Ele disse que ela não podia engravidar, mas que ela tinha os óvulos e que poderia esperar um transplante de útero no futuro ou fazer uma barriga de aluguel, que hoje é chamada de útero de substituição. Era bem mais fácil tentar a chamada barriga de aluguel. Minhas irmãs estavam todas me apoiando e falando o seguinte: ‘não é por falta de irmã, você tem três irmãs, você tem três barrigas.

Luciana precisou esperar 16 anos para viver os sustos da maternidade. Ela namorou e se casou com o engenheiro Leonardo Jusan Fiorot. Finalmente, chegou o momento de se saber, entre as três irmãs, qual seria a voluntária. A escolhida foi a irmã Juliana Ferrari de Oliveira. Só que o sacrifício de Juliana foi quatro vezes maior que o esperado. Ela acabou ficando grávida de quadrigêmeas.

O médico implantou no útero de Juliana dois embriões fecundados por Luciana e o marido dela. Mas aconteceu algo raríssimo: um desses embriões se dividiu em três. Ela teve quadrigêmea, em uma cesariana. As meninas nasceram prematuras aos sete meses, e uma não resistiu. O próprio médico se surpreendeu com a raridade do caso, dizendo que essa proporção é de um para 200 milhões.

Os seis meses de gestação de Juliana foram acompanhados com muita expectativa por toda a família. Era uma gravidez de risco tanto para os bebês, como para a própria Juliana que é a madrinha das três meninas. “Eu acho que eu fiz o que uma irmã pode fazer”, afirma Juliana, emocionada.  

Na família das trigêmeas, todos também estão muitos satisfeitos. Hoje, felizes e mais unidos do que nunca, irmãs, cunhados e sobrinhos. “Não é uma experiência comum de maternidade. Só o fato de ela engravidar das minhas filhas, a união é muito maior. Já era muito grande, agora com esse gesto. Ela deu vida às minhas filhas”, ressalta a professora Luciana. (Globo Repórter de 07/05/2010)

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