Translator Widget by Dicas Blogger

Quer anunciar aqui? Entre em contato: vizinhosdeutero@gmail.com

segunda-feira, junho 28, 2010

"Alyssa, Enzo e Nicholas" Por Aline Dexheimer

"Eu fiz tratamento e quando engravidei, já sabíamos que provavelmente seria mais de um bebê. Tentamos levar ao máximo a gestação, porém, a menina estava espremida entre os dois irmãos e tivemos que tirá-los antes.

Meus bebês nasceram com 32 semanas, pequenos, mas bem. E por mais que eu achasse que estava preparada psicologicamente, foi um choque vê-los tão pequeninos nas incubadoras.

No segundo dia, um dos meninos teve um pneumotórax e teve que fazer uma cirurgia. Foi um susto muito grande, mas na UTI a gente sempre se assusta com tudo! Depois que passa a gente nem sabe de onde tirou forças, não sabe como lidou com aquilo tudo, todas as angústias, ter de deixá-los no hospital e ir para casa todos os dias sem eles! E o dia da alta da mãe?! Ir embora sem bebê. Não há coisa mais estranha! Eu sabia que tinha aquelas três criaturinhas precisando de mim. Não havia tempo para desespero.

Também procurava não me envolver com as outras mães. Podia parecer egoísmo, mas eu não queria saber dos problemas das outras crianças (como um sistema de defesa mesmo, queria me proteger) já tinha medos e angústias demais para viver naqueles momentos. Era melhor só esperar coisas boas.

Depois de 33 dias longos dias que os trigêmeos ficaram na UTI, levei meus filhos todos juntinhos para casa! A sensação de tê-los saudáveis e em casa, cada um na sua caminha pertinho de nós foi uma coisa maravilhosa. Cada dia foi uma batalha, cada grama comemorada, cada lágrima chorada (de angústia, medo ou alegria) valeu e continua valendo à pena.

Olhando pra trás, até parece que foi um sonho. Eu agradeço todos os dias pela benção maravilhosa que recebi
. Por isso, achei que seria interessante contar a minha história, porque é bom compartilhar. Eu sempre aconselho a quem está passando por uma experiência como esta, para afastar-se de todo e qualquer pensamento negativo, afastar-se de pessoas negativas. Pensar só em coisas boas. Eu tenho certeza que eu contribuí para que meus filhos ficassem saudáveis e saíssem rápido do hospital.

O Amor salva e não perder a fé, também. Lembro o quanto eu ficava pensando e planejando a nossa vida, o Natal, os aniversários, os brinquedos, as viagens, enfim, a vida em geral, sempre nós cinco, todos juntos. Hoje tudo aquilo que eu pensava e imaginava eu vivo todos os dias. Hoje, meus filhos estão com oito anos e são felizes e saudáveis. Desejo sorte a todas as pessoas que lutam pela vida dos seus filhos. Fiquem firme. Fiquem bem" Aline

Aline Silva Dexheimer é tradutora.

São Paulo / SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário