“Todo mundo fala da mãe de gêmeos, mas e o pai? Nessa semana, vale a pena dar uma pensada, não? Bom, cada história é uma história, então só posso falar da minha. Ou melhor, da história do meu marido. O Rodrigo sempre sonhou em ser pai de gêmeos.Não que em sua família tivesse casos ou histórias de gestações gemelares, nada disso. Ele queria porque achava bonito e porque pensava que não poderia existir benção maior. Quando começamos a pensar em engravidar, ele resgatou essa história, mas eu não dava a mínima atenção.
Ele me acompanhou em uma consulta e a médica disse que praticamente não tínhamos chance de ter gêmeos. Quando descobrimos que estávamos grávidos e fomos fazer o primeiro ultrassom, obviamente ele perguntou se a médica já sabia se eram um ou dois. Eu pensei: "Lá vem ele com esse papinho de novo..."
Mas a resposta dela foi: Acabei de ver que são dois!
Esse recorte mostra bem o quanto um pai pode também ter sexto sentido e o quanto pode se envolver na gravidez e, consequentemente, participar ativamente dos cuidados e da criação dos filhos. Sendo gêmeos então, essa participação se torna ainda mais necessária para que a mãe sobreviva, como ouvi uma vez.
Não é apenas para ter um vínculo com os bebês, mas o pai participa também para dividir o duplo fardo com a mãe, que muitas vezes fica exausta. Pais de gêmeos são muito especiais.
Acabam contribuindo muito mais, pois a mãe sozinha simplesmente não daria conta. Como elas, eles também tem dupla jornada de trabalho. Sentem o dobro do cansaço e dormem bem menos. Mas recebem diariamente o amor dobrado, que compensa tudo. Este depoimento é uma homenagem ao meu marido Rodrigo e a todos os pais de múltiplos leitores deste blog!”
Caroline Passuello e Rodrigo Lagreca, são pais dos gêmeos Leonardo e Rafael.
São Paulo / SP
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