Em dezembro de 1997, a vida de Raimunda de Fátima Pinheiro era apenas incerteza. Aos 27 anos, ela acabara de dar à luz trigêmeas, no Hospital Regional da Asa Norte. Detalhe: só no sétimo mês de gravidez, sem o apoio do pai das crianças, a ex-doméstica soube, por meio de uma ultrassonografia, que não esperava apenas uma, mas três meninas. O mundo desabou.
Pelo baixo peso e problemas respiratórios, as trigêmeas prematuras quase não resistiram. Os médicos, porém, não davam muita esperança à mãe. Mas, naquela UTI, cabendo na palma da mão da enfermeira, elas decidiram viver. O Correio acompanhou a luta sem fim da mãe. A ajuda veio de todos os cantos do Distrito Federal. Juliana, Júlia e Jackeline, respectivamente pela ordem de chegada, insistiram em viver.
Raimunda de Fátima mudou-se de Taguatinga. Foi morar numa casa no P Sul, em Ceilândia. Para poder trabalhar, contou com a ajuda de uma irmã. Os dias de Raimunda de Fátima nunca mais seriam os mesmos. Em 2003, a família se mudou para o núcleo rural. De um outro relacionamento de Raimunda de Fátima, nasceu Ana Lúcia, hoje a caçula, com 6 anos.
As trigêmeas cuidam da menorzinha como se mães fossem. E fazem planos. Jackeline quer ser jornalista. Júlia, médica. Juliana, atriz. A moça que deixou o Maranhão para ser doméstica na capital escreve sua saga ao lado de suas filhas, as trigêmeas que emocionaram Brasília. “Só quero que elas se formem, lutem para ser alguém na vida. Por Marcelo Abreu / Correio Braziliense
O único acervo online no Brasil, dedicado aos gêmeos adultos e familiares, criado em março de 2010 com o propósito de reunir todos os tipos de histórias de gêmeos (adotados, sobreviventes, univitelinos, bivitelinos, siameses etc). O principal objetivo é encontrar gêmeos desaparecidos. Você é gêmeo (a) ou tem gêmeos na família? Envie sua história por e-mail: vizinhosdeutero@gmail.com
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