
Foram quase dois anos nesse processo e como eu tinha sido escalada para as Olimpíadas de Atlanta, decidimos esperar. Na volta, minha ginecologista sugeriu que o William também fizesse um exame e descobrimos que ele estava com uma produção baixíssima de espermatozoides. Descobrimos que o problema não era genético e sim, circunstancial. Ele fumava, era estressado. A previsão de tratamento era de dois anos. Neste momento optamos, por sugestão da minha médica, pela fertilização in vitro e procuramos um especialista.
Nós imaginávamos ter um filho com a FIV e dois anos depois, ter outro por vias naturais, sem cobrança, sem pressão. Eu voltei das Olimpíadas em agosto e em dezembro de 1996 fiz meu primeiro tratamento. Transferimos três embriões, mas não engravidei. Dois meses depois eu disse ao William que estava pronta para tentar de novo. Mas dessa vez, por decisão dos médicos, transferimos quatro embriões – o limite. Dos quatro, três vingaram. Eu fiquei sabendo que tinha engravidado no dia 29 de março de 1997.
Desde os 7 anos de idade eu tomo uma xícara grande de café preto pela manhã. Nesse sábado, só de olhar a cafeteira fiquei enjoada. Era o 12º dia após a transferência dos embriões e o exame de gravidez estava marcado para dois dias depois. Na hora de me vestir, a calça não fechava. Liguei para o médico, contei o que estava acontecendo e pedi pra antecipar o exame. Com a gravidez confirmada, a dúvida, então, passou a ser quantos bebês eram, já que o Beta HCG estava bem alto. Eu dizia que não ia contar pra ninguém, até o terceiro mês, mas não me contive. Foi avassalador, não consegui guardar segredo.

Com a gravidez de trigêmeos o útero atinge esse limite antes da gestação terminar. Esse período foi bem mais tenso. Quando eu estava com um pouco mais de cinco meses de gravidez, a minha obstetra sugeriu que eu visitasse uma UTI Neonatal, uma vez que meus filhos seriam prematuros. Quando olhei o berçário fiquei péssima. O neonatologista conversou muito comigo e me explicou que cada dia na minha barriga faria muita diferença no desenvolvimento das crianças. A UTI assusta a gente porque os bebês não se parecem com o recém-nascido que estamos acostumados a ver. Aquela visita foi definitiva. Ali eu percebi o quanto era importante esticar ao máximo minha gestação.

que fofo mas eles foram feitos com os embriões de bonner?
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