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sexta-feira, abril 01, 2011

"Coleira para criança" Por Majoy Antabi

Uma matéria publicada recentemente no caderno Equilíbrio, da Folha de S. Paulo, trouxe à tona a polêmica das “coleirinhas” usadas pelos pais para segurar as crianças.

Entre os especialistas consultados pela reportagem, a maioria era contra o uso do artifício. Segundo eles, isso nos deixa mais distantes de nossos filhos e aparentemente sem autoridade. Para quem tem vários filhos, é impossível segurar todos com apenas duas mãos.

Foi isso que Majoy Antabi, colunista da Revista Pais e Filhos, organizadora do portal Múltiplos e mãe de quatro filhos, alegou quando abordou o assunto. Seu post rendeu vários comentários de outras mães de gêmeos que precisaram e usaram as tais coleirinhas. Leia abaixo o depoimento de Majoy:

(Foto: Os quatro filhos de Majoy Antabi)

“Estes dias postei um artigo publicado num jornal de São Paulo sobre o uso de coleiras infantis nos filhos, em que discordei absurdamente da opinião dos psicólogos entrevistados! Recebi vários comentários com as mais variadas opiniões sobre o assunto. Calma, gente, eu não estou falando de coleiras de cachorros, apesar do nome e função serem praticamente os mesmos. Se trata de mochilinhas fofinhas, pochetes ou elásticos grandes e grossos que prendem as crianças aos pais.

Vale contar que certo dia, fomos eu, meu marido e os meus pequenos mini-humanos cheios de energia e todos de mãos bem dadas comprar sapatos para todos em um centro comercial. Aproveitamos também para almoçar e a ideia era ir ao cinema depois. O programa perfeito para um dia de chuva, certo? Bom, teria sido se nós não tivéssemos perdido a Laila.

Marcelo soltou a mão dela para comprar os ingressos e, enquanto eu carregava minha bolsa pendurada no ombro, mantinha as mãos dadas com o Henri e a Maia e segurava as sacolas de sapatos, senti falta dela e fiquei histérica! Não dá para descrever a sensação de impotência que sentimos diante de uma situação dessas. Laila demorou eternos vinte minutos para ser encontrada e desde este dia eu nunca mais saí nas ruas sem “encoleirar” meus filhos.

Passei uma semana me culpando por não ter lembrado de usar. Eu não me arrependo de ter usado e recomendo! Respeito também a opinião de quem não usa, mas não venham me criticar, pois ao contrário do que se diz, ninguém aqui em casa está traumatizado. Eles veem a coleirinha, como eles mesmos a chamavam, como um ato de carinho, cuidado e amor. E pra mim é disso que o mundo precisa.” Majoy Antabi

"Aproveito o tema abordado para contar um episódio da minha infância. Mamãe me contou que quando (eu e minha irmã gêmea) tínhamos 5 ou 6 anos, ela nos levou à feira. Com uma mão, ela segurava minha irmã e com a outra, segurava o carrinho de compras.

Parece que faltou mão para me segurar e ela me perdeu de vista. Eu vivia meio distraída mesmo. Não acho que ela foi negligente. Depois, uma pessoa conhecida me encontrou meio perdida e me levou pra casa. Mamãe sentiu uma terrível culpa por isso. Judiação".
Jemima Pompeu

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