
A Aline se comportou tão bem, que nem parecia ela. Normalmente ela é tão manhosa, sempre pede colo e choraminga por alguma coisa, mas desta vez só chorou em dois momentos. Parecia uma mocinha, chamou a atenção e quem viu pelo comportamento e a postura de "gente grande" inclusive na hora do almoço, sentadinha à mesa, cuidadosa e educada. Até os donos do restaurante vieram falar comigo elogiando o jeitinho dela.
Ouvi muitas vezes a expressão "obrigada mamãe" pra tudo que eu dava pra ela. Vi o quanto gosta de desenhar e como é bem articulada com as palavras. Ela tem um bom vocabulário, adora contar histórias e cantar. O detalhe que mais me chamou atenção: Aline não podia ver uma mulher de vestido que logo largava um: "olha mamãe, que linda de vestido!". Ela adora um vestido!

Descobri que ela já reconhece várias cores, se atrapalha um pouco na hora de dizer os nomes, mas já identifica. Também gosta da caneta e do papel, mas em vez de desenhos ela diz que "escreve", mostrando outras preferências. Gosta mais de ouvir histórias que de contar, é mais atenta e absorve tudo que vê e ouve.
O detalhe que mais me chamou a atenção: Camila não tem preconceitos, como nós, adultos. Ao ver uma menina numa cadeira de rodas e com uma cabeça enorme, meio deformada (não sei que doença tinha, mas para mim não era muito bonito de ver) ela disse que a menina era linda porque tinha sapatos cor-de-rosa e laços de fita no cabelo.
Também foi interessante ver o quanto uma se preocupa com a outra. O reencontro também foi interessante. Apesar das diferenças de comportamento, ambas tem algo em comum: demonstram amor o tempo todo”
Tuka Siqueira, já enviou seu relato aqui.
*Lendo o relato acima, lembrei que mamãe só passou por essa experiência ‘exclusiva’, comigo. Aos 16 anos minha irmã foi morar no exterior e a partir daí, senti a dor e a delicia de ser filha ‘única’. Lindo texto Tuka. Obrigada! Jemima
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