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terça-feira, maio 24, 2011

"Clarice, Cecília, Catarina e Camilla" Por Sandra Braga

Meu nome é Sandra, tenho 41 anos e sou professora do Ensino Fundamental. Estou casada com Marcellus de Almeida Braga, um advogado de 47 anos.

Nossa história começa com uma enorme vontade de termos outro filho. Temos a Clara que foi concebida naturalmente e nasceu em 1998. Depois de várias tentativas, um aborto e mais tentativas, resolvemos fazer fertilização in vitro. Foram implantados 4 embriões. Depois de 20 dias fizemos e teste e deu positivo.

Não me cabia de tanta felicidade. No primeiro ultrassom, lá estavam duas bolinhas redondinhas e lindas. Fiquei muito emocionada e feliz pela possibilidade de ter gêmeos. Saímos de lá felizes da vida. No segundo ultrassom, o médico disse: - "É, tem uma turminha boa aqui! Se eu não estivesse vendo, não acreditaria. Tem QUATRO BEBÊS!”

Gritei, chorei, ri e meu marido ficou mudo e pálido. Depois me deu os parabéns. Foi um misto de sentimentos. Primeiro uma euforia, alegria, felicidade. Depois preocupação com o futuro, com a gestação e com a saúde dos bebês. Tive um hematoma no útero que me causou sangramento por três meses.

Foi um período de angústia e ansiedade, pois não queria perder nenhum bebê. Graças a Deus tive acompanhamento médico excelente. Uma pessoa muito confiável, meu pai. Obviamente ele ficou muito preocupado, mas tudo deu certo.

Minha mãe mudou-se de Portugal para o Brasil, com o propósito de nos ajudar. Se não fosse ela no início, teríamos ficado muito atrapalhados. Clara tomou um grande susto, pois foi filha única durante onze anos. A gestação foi tranquila, engordei 18 kg e fiquei de repouso absoluto desde o quinto mês.

Com 29 semanas, dia 13/04/2009 nossas bonequinhas nasceram pelas mãos do avô, na seguinte ordem: Clarice com 1.140 kg - Cecília com 1.000 kg - Catarina com 800 gramas - Camilla com 885 gramas.

Duas são bivitelinas e duas univitelinas. Depois de vários meses na UTI Neonatal, infecções, hemorragias, elas foram aos poucos recebendo alta, uma por vez. Com todas em casa ficamos aliviados e muito, muito, muito cansados.

Tivemos que contratar uma babá, a família se revezava para nos ajudar e assim passamos o primeiro ano com muito trabalho e muita alegria. Nossa casa nunca mais ficou vazia. Está sempre cheia de gente. A Clara continua ajudando muito, ela se revelou uma ótima irmã.

Ser mãe de quadrigêmeas é um enorme desafio. Tem horas que dá vontade de pegar todas no colo, mas não dá. Tudo aqui é quadruplicado, inclusive a alegria, a farra, a falta de sono dos pais, a troca de afeto, os choros, as viroses etc.

Agradeço a Deus por nos ter confiado tal missão. Claro que recebemos ajuda da família e dos amigos. Sem eles tudo seria mais difícil. Não consigo pensar na minha vida sem minhas bonequinhas. Espero que o site permaneça e cresça, porque no futuro, gostaria de ler o relato das minhas filhas aqui. Quem quiser acompanhar nossa história, pode acessar o blog Big Família. Um grande abraço!”

Sandra de Azevedo Moraes Braga


Belo Horizonte / MG

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