(Werner Schumann / Foto: Dominik Hernmann)
Eu e Willy somos univitelinos o que nos torna ligados de modo especial um ao outro. Vivemos uma infância feliz sempre com muitos amigos que adoravam aqueles dois irmãos com nomes diferentes. Acho que era mais difícil pronunciar o meu nome, porque era comum eles chamarem o Willy e "o outro Willy".
O ponto positivo de ser gêmeo, é que você mesmo que não queira, acaba virando o centro das atenções, especialmente o Willy e eu que éramos bem parecidos fisicamente. (Hoje não creio que somos tão parecidos).
O ruim talvez sejam as comparações que acabam sendo inevitáveis. As pessoas esquecem que embora fisicamente parecidos, somos duas pessoas bem diferentes com gostos e personalidades distintas. Por isso é recomendado aos pais que desde pequenos evitem vestir os gêmeos com as mesmas roupa, mas permitir que cada um se expresse de acordo com a sua vontade e personalidade.
Creio que pelo fato de sermos gêmeos temos uma intuição semelhante. Já aconteceram muitos casos em que não precisávamos falar sobre como proceder numa situação inesperada durante uma filmagem, mas ter as mesmas soluções no mesmo instante. Acredito que isso não acontece somente com gêmeos, mas também com casais que estão juntos por muito tempo.
Certa vez senti uma forte dor no meu braço em Londres e quando liguei para o Brasil soube que meu irmão (Willy) tinha fraturado o braço.
Atualmente, Willy reside em Curitiba, no Paraná e eu moro em Londres. Com essa distância não trabalhamos mais juntos como antes. Mas, permanecemos ligados um ao outro do mesmo jeito” Werner
Werner Schumann é produtor e diretor do filme “O Coro” que estreou esta semana no Cine Ceará em Fortaleza e foi co-produzido por seu irmão gêmeo Willy Schumann.
Londres / Inglaterra
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