“Desde criança sempre fomos muito apegadas. Brigávamos bastante, mas a gente não se desgrudava. Se uma chorava, a outra chorava também. Podíamos estar em pé de guerra, se uma se machucava, a outra se compadecia.
Todo mundo pensa que o lado bom de ser gêmeo é que você sempre tem uma companhia. Em parte, isto é verdade. Porque sentíamos que éramos a mesma pessoa e juntas pensávamos que estávamos sozinhas. Chamavam-nos de “As Gêmeas” No nosso caso, também era Bilú (Bia e Lú, de Beatriz e Luiza)
O lado bom é que terei uma amiga companheira para sempre, muito parecida comigo. Nós compartilhamos tudo. Quem não é gêmeo não é capaz de entender este tipo de ligação. Existem vários benefícios em ser gêmea. Posso brigar com o mundo inteiro, mas sei que minha irmã gêmea nunca vai me abandonar. E vice-versa.
O lado negativo é que somos comparadas o tempo todo. Se uma apronta ou faz qualquer coisa errada, a culpa é das duas. Nunca somos citadas no singular, sempre no plural.
Amo muito minha irmã gêmea, reconheço todos seus defeitos e qualidades. Às vezes a gente se cansa do excesso de convivência, mas não cogitamos a possibilidade de ficarmos uma sem a outra. Apesar de sentir que quanto mais o tempo passa, mais eu me sinto independente emocionalmente dela, aprendi que sempre serei uma metade.
Hoje buscamos a individualidade. Acredito que mesmo não morando juntas no futuro, seremos sempre unidas. Não conseguimos ficar sem contato um dia sequer. Estamos sempre nos apoiando em tudo. Vivemos conectadas, compartilhando ideias e sonhos. Discutimos muito, mas JAMAIS longe uma da outra!” Luiza Barreto, gêmea de Beatriz Barreto
São Paulo / SP
Que coisa mais linda!! Tive o prazer de estudar com as duas, e foi maravilhoso...Bjos e abraços.
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