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segunda-feira, setembro 05, 2011

"Os gêmeos das Torres Gêmeas" Por Olivia Lichtenstein

As Torres Gêmeas foi um projeto de construção ambicioso, que rejuvenesceu o distrito financeiro de Nova York. Concluídos em 1973, os edifícios dominaram o horizonte de Manhattan e podiam ser vistos de muito longe. Entre os 3.000 mortos em 11 de setembro de 2001, 46 eram gêmeos. Neste documentário, os irmãos sobreviventes contam sobre os 10 anos de dor.

Quando Charlotte Moore, editora da BBC, me perguntou se eu queria fazer um filme sobre os gêmeos que perderam suas ‘metades’ nos ataques às Torres Gêmeas, aceitei sem hesitar. Gêmeos, particularmente os idênticos, sempre me fascinaram. Eles são diferentes do resto de nós, vivendo suas vidas no contexto de um "nós"

A história dos irmãos sobreviventes nunca tinha sido contada. Para os gêmeos, este filme é uma oportunidade para mostrar que suas perdas foram reconhecidas.

(Torres Gêmeas, Nova York – Ataque em 11/09/2001)

Linda McGee, uma professora que vive no Bronx, perdeu sua irmã gêmea idêntica Brenda, que trabalhava como analista de sistemas no piso 97 da torre norte. Elas eram tão cúmplices, que desde a infância eram conhecidas por ‘Brendalinda’.

O enfermeiro Gary, perdeu seu irmão gêmeo idêntico, Geoff, um bombeiro que morreu quando a torre sul caiu. “Eu amo todos meus irmãos, mas simplesmente não dá como comparar a relação que há entre gêmeos. É realmente uma unidade”

Da janela de seu escritório no Brooklyn, Gary viu o segundo avião bater na torre sul e tentou duas vezes sair do seu prédio para ir para Manhattan, mas a ordem era para não sair do lugar. Na terceira tentativa ele conseguiu e chegou à entrada da torre sul, pouco antes das 9:59 hs. Foi quando ela desabou.

('Eu te amo' foram as últimas palavras de Andre, 
lembra seu irmão gêmeo Zachary Fletcher, à esquerda)

Zachary Fletcher, um bombeiro nova-iorquino que perdeu seu irmão Andre, também bombeiro, sente a falta de sua metade. "Nós sempre brincavamos dizendo que éramos como super-heróis, porque acreditavamos que sendo gêmeos, tinhamos poderes especiais", diz Zachary que chegou ao local pouco antes da torre sul cair. Ele tinha visto o carro de bombeiros de Andre e então o chamou pelo rádio e disse: “Tenha a calma. Eu te amo." Ele respondeu "Eu também te amo, cara” - Eu raramente disse ao meu irmão eu o amava. Foi a última vez que falei com ele” completou Zachary.

(Greg Hoffman, pensou em suicídio depois de 
perder seu irmão gêmeo Stephen, no ataque)

Greg Hoffman cresceu no bairro nova-iorquino de Queens. Ele e seu gêmeo idêntico Stephen, eram muito unidos. Estudaram na mesma faculdade e lá conheceram suas respectivas esposas. Casaram e continuaram morando bem perto um do outro. Foram pais no mesmo ano.

Quando Greg ouviu a notícia do primeiro avião sequestrado voando para a torre norte, ele tentou ligar para o irmão, que trabalhava num banco no 104 º andar. “O telefone tocou, mas caiu na caixa postal. Então deixei recado” disse Greg.

Às 09:02 hs Stephen retornou a ligação e disse: “Está tudo bem, estamos bem” Neste momento Greg assistia TV e viu o segundo avião se chocar contra a torre sul. Ele lembra da última coisa que Stephen disse: “Oh Deus, olhe isso!” Então, o telefone ficou mudo.

Em um casamento logo depois da morte de Stephen, Gabrielle (viúva do seu irmão) pediu pra dançar. "Eu quero dançar com o meu marido. Por favor, finja que é seu irmão um pouco, apenas para dançar comigo. Ele entendeu, eu fechei os olhos e na minha cabeça dancei com meu marido e foi maravilhoso" disse a cunhada.

Greg também pensou em suicidio depois que seu irmão faleceu e contou a esposa sobre sua vontade de tirar a própria vida. Ela logo entrou em ação e formou um grupo de apoio para os gêmeos sobreviventes de 11/09. Este grupo tem sido a salvação de Greg.

(Dan D'Allara, à esquerda, disse que sentiu o 
momento em que seu irmão gêmeo foi morto)

Dan D'Allara, sentiu algo no momento em que a segunda torre caiu, onde seu irmão gêmeo John (policial) estava. Dan disse ao seu chefe: "Eu tenho que sair daqui, meu irmão acabou de morrer"

"Foi chocante ver quantos gêmeos foram afetados. Acho que as pessoas precisam saber que somos pessoas especiais, também” diz Lisa DeRienzo, que perdeu seu irmão gêmeo Michael. Ela tentou falar com ele por telefone, mas não conseguiu. Na época, ela trabalhava como policial à paisana e viu pessoas pulando das janelas, gritando. (Foto ao lado: Lisa DeRienzo e seu gêmeo Michael, pouco antes do atentado)

Dez anos depois do atentado que abalou o mundo, todos estão fazendo o seu melhor para seguir com suas vidas, mas eles ainda se definem como gêmeos. Mas para Lisa, o conforto veio de forma inesperada. Sua namorada Kerri Kuhlsen concebeu gêmeos idênticos há 18 meses: Cooper e Michael" 

Artigo de Olivia Lichtenstein / Daily Mail

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