
A cirurgia foi um sucesso e as gêmeas vão completar dois anos de idade, em 22 de janeiro, entrando para a história da medicina estadual como as siamesas com mais tempo de vida. O primeiro caso ocorreu há 20 anos e as crianças morreram poucos dias depois do nascimento.
A mãe, Selma Gonçalves Maurício Miranda, não esconde a emoção ao falar da recuperação das filhas que estiveram ligadas por fígado, estômago, intestino grosso e sistemas genital e urinário.
“Hoje tenho duas filhas lindas, que já conseguem engatinhar e são muito espertas”, afirmou Selma. Apesar da recuperação delas, a mãe relatou as dificuldades que ainda enfrenta no tratamento das crianças, como ter de ir a São Paulo constantemente para avaliação médica. Eles percorrem dois mil km de Mato Grosso até a capital paulista.
A descoberta de que esperava siamesas ocorreu no sexto mês de gestação, momento em que, segundo Selma, o médico disse que via pelo ultrassom um corpo, três pernas e duas cabeças.
“Naquele momento pensei que ele estava brincando ou que fosse defeito do ultrassom. Mas não tive medo porque não era a primeira vez que passava pelo susto”, Selma também é mãe de um casal de gêmeos Karen Maria e Kaique José (6 anos) além do primeiro filho, Klinton Henrique (12 anos).
“A vinda delas foi um dos maiores prazeres que eu já tive. Nossa vida não é fácil, mas posso dizer que amo a casa cheia”, declarou com orgulho o pai Jorge Miranda.
Por Kelly Martins / G1 / Indicada pela leitora Luciane Nogueira Cabral
Nenhum comentário:
Postar um comentário