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terça-feira, novembro 08, 2011

"Relação Fraternal" Por Drª Nancy Greenfield

"Com base na minha pesquisa e na investigação atual da psicologia tradicional, posso afirmar que o relacionamento entre gêmeos é o mais íntimo de todos os relacionamentos humanos. Consequentemente, a experiência de perder um irmão gêmeo em qualquer momento ao longo da vida pode ser a mais dolorosa das perdas de relacionamento humano.

Costumava-se pensar que a perda de um filho era para uma mãe a forma mais sofrida de perda. Hoje se considera que a perda de irmãos gêmeos tem condições para ser mais dolorosa. Isso acontece porque a relação entre gêmeos é mais próxima, mais íntima e mais entrelaçada (física, emocional, psicológica e espiritualmente) que a relação entre mãe e filho.

É importante dizer que, devido à ligação profunda entre gêmeos, a perda de um irmão gêmeo, independentemente da idade em que ocorra, pode deixar no sobrevivente marcas para toda a vida. Essas marcas variam e pode afetar a forma como o gêmeo sobrevivente se sente. Pode haver uma sensação de falta de alguém que devia acompanhar o gêmeo sobrevivente ao longo da sua vida, bem como uma sensação de incompletude e profunda solidão. Podem persistir ainda sentimentos de perda não identificada, tristeza, culpa, saudade ou confusão etc.

Dada esta explicação sobre a profundidade e a intimidade gemelar, quero referir que a minha área de trabalho, conhecida como "psicologia pré e perinatal" acredita que desde a concepção há consciência presente no novo ser. Acredita também que talvez até 70% de nós, que pensamos ser singulares, podemos na realidade ter sido concebidos como gêmeos ou múltiplos, tendo um ou mais dos gêmeos morrido durante as primeiras semanas da nossa gestação. Isto é conhecido como 'síndrome do gêmeo desaparecido'

A pesquisa sugere então que devido à presença de consciência já no útero a relação gemelar embrionária tem o mesmo nível de intimidade que uma relação de gêmeos após o nascimento e durante outros períodos da vida. Portanto, uma perda de um dos gêmeos durante a fase embrionária ou durante a gestação, pode ser tão devastadora e dolorosa para o feto ou recém nascido sobrevivente, como uma perda que ocorra a qualquer momento após o nascimento ou longo da vida." Drª Nancy Greenfield, de Miami / Flórida - PHD em Psiquiatria.

(Fonte: Blog da Claudia Pinheiro / Portugal)

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