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sexta-feira, novembro 18, 2011

Medicina Fetal do HC em Curitiba

Medicina Fetal do HC realiza tratamento inédito em Curitiba

A Síndrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF) é uma complicação que pode ocorrer em gestações de gêmeos quando os dois fetos (bebês) estão dividindo a mesma placenta, porém em bolsas diferentes (são as chamadas gestações monocoriônicas e diamnióiticas).

Segundo Fábio Peralta, ginecologista e obstetra da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), isso ocorre em apenas 10% das gestações de gêmeos com uma única placenta. “É uma situação relativamente rara. Acontece um caso a cada três mil gestações”, explica o médico.

Tão logo é identificada a gestação de gêmeos em uma única placenta, a mulher passa a ser acompanhada para identificar se existem indícios de Síndrome da Transfusão Feto-Fetal. Quando existe esse diagnóstico, é possível adotar o tratamento com laser, que tem o objetivo de interromper a troca sanguínea entre os dois bebês.

A taxa de sucesso é de 85% para a sobrevivência de pelo menos um dos fetos e cerca de 60% para a sobrevivência de ambos. As possibilidades de danos neurológicos também diminuem consideravelmente. Sem tratamento, a probabilidade de se perder, pelo menos, um dos bebês gira em torno dos 95% e o bebê sobrevivente tem um risco muito grande de danos neurológicos.

Entretanto, o tratamento com laser é extremamente caro e poucos centros do mundo tem habilidade e material técnico para realizá-lo. No Brasil, somente dois centros têm realizado esse procedimento rotineiramente: a Unicamp e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A convite do professor Rafael Frederico Bruns do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná, o ginecologista e obstetra Fábio Peralta veio a Curitiba e realizou o tratamento da Síndrome de Transfusão Feto-Fetal a laser em uma paciente do HC no último dia 20 de outubro.

O procedimento, inédito no sul do Brasil, foi bem sucedido, tendo havido regressão do quadro de transfusão em cerca de uma semana. O convite ao médico foi realizado com o objetivo de dar início a essa terapêutica no Hospital de Clínicas.

Para a continuidade, no entanto, o Ambulatório de Medicina Fetal do HC necessita de doações de pessoas ou empresas com o interesse em auxiliar na aquisição do material necessário a esse tratamento.

Segundo Newton Sérgio de Carvalho, chefe do Departamento de Tocoginecologia da UFPR, o procedimento foi um sucesso do ponto de vista pós cirúrgico. A equipe envolvida, no entanto, aguarda o resultado final, através do acompanhamento da paciente e de seus fetos.

(ParanaShop / Fotos: Assessoria de Marketing Institucional do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do PR)

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