Prezados Leitores,
Em março de 2010 este site nasceu por conta do meu desejo genuíno de compreender melhor os sentimentos dos gêmeos. Minha pergunta inicial foi: Como se relacionam os irmãos gêmeos quando chegam à fase adulta? Pois bem, há dois anos mergulhada no universo gemelar - um tema que considero perene e fascinante – encontrei dados interessantes, que inclusive, responderam minhas dúvidas internas. Particularmente, foram descobertas benéficas.
Eu acreditava que todos os gêmeos tivessem uma espécie de pacto bilateral – uma relação de confiança e amor incondicional, com necessidade de contato diário. Descobri que este tipo de relação não é comum a todos os gêmeos. Eu diria que isto acontece (geralmente) entre os gêmeos idênticos e representa 60% das relações gemelares. Entretanto, não estou querendo dizer com isso, que os bivitelinos não tenham uma relação de amizade fraternal íntima. Mas, há uma boa parte (cerca de 30%) principalmente os casais, que se relaciona sem intimidade e que não sente aquela vontade de estar sempre juntos. É uma relação fraternal comum, superficial, sem grandes emoções.
A tal 'conexão especial'- que muito se fala – não é cientificamente comprovada, mas alguns relatos mostram que ela existe sim. Posso citar quatro exemplos aqui: Os irmãos Mussard, os irmãos Gasparini e os irmãos Schumann e as irmãs Mazzei, foto abaixo:

Não posso deixar de mencionar também, os relatos dos gêmeos sobreviventes – que sempre me emocionam. Descobri que aquele que perde seu irmão (ã) ainda no útero ou logo após o nascimento, sente um enorme vazio. A psicóloga americana Nancy Segal falou sobre isso:
"Amputados, muitas vezes falam de uma dor fantasma no braço ou na perna que não existe mais. Da mesma forma, os gêmeos sobreviventes relatam ter a mesma sensação"
Ainda quero destacar os dois pontos negativos mais mencionados pela maioria dos gêmeos:
1) Comparações – o gêmeo não gosta de ser comparado, ele deseja que sua individualidade seja respeitada.
2) Sabe aquele ditado que diz “Em briga de marido e mulher não se mete a colher”? Pois bem, terceiros NÃO deveriam se intrometer na relação de irmãos gêmeos. Qualquer interferência prejudica muito! A relação gemelar tem dinâmica própria, é fechada, entrelaçada e incompreensível mesmo.

Somos indivíduos duais e ponto. Jemima Pompeu
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