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sexta-feira, fevereiro 17, 2012

"Mitos e Verdades" Por Danielle Sanches

Desde que o mundo é mundo, o nascimento de irmãos gêmeos é algo que fascina o ser humano. "Talvez por ser algo diferente ou por serem duas pessoas 'iguais' mas com vidas diferentes, isso sempre atraiu o ser humano", acredita a psicóloga Cecília Zylberstajn, especialista em psicoterapia de adolescentes e adultos, em São Paulo. Além da incrível semelhança, a conexão especial que ambos compartilham é algo que nem a ciência conseguiu decifrar ainda. "Existe muito sobre o assunto que ainda não tem explicação", diz a psicóloga.

Como qualquer assunto envolto em mistério, muito do que acontece desde a concepção até o dia a dia dos gêmeos acaba sendo motivo de suspeita. Afinal, o que é verdade e o que é mito na vida dos irmãos gêmeos? Veja abaixo a resposta para algumas principais questões:

Todos os gêmeos são idênticos:
Mito. Apenas os que se originam do mesmo óvulo fecundado (chamados de univitelinos) são iguais e nascem com o mesmo sexo. Os gêmeos bivitelinos, originados de dois óvulos fecundados ao mesmo tempo, tem a mesma semelhança física e genética encontrada entre irmãos não gêmeos e podem ou não ser do mesmo sexo.

Eles choram juntos:
Verdade. "Eles passaram nove meses juntos na barriga da mãe. Por isso, quando um fica irritado, o outro fica também", explica Alessandra Cavalcante, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. E isso tem mão dupla: juntos, eles ficam mais tranquilos também.

Um nasce maior do que o outro:
Verdade. Mas a diferença é bem pequena. "Cerca de 200 ou 300 gramas é de diferença no peso é normal. A maturação da placenta pode ter sido diferente para os dois e um deles recebeu mais nutrientes", afirma a pediatra Alessandra Cavalcante. Gêmeos com uma diferença muito grande de tamanho e peso são raros e geralmente vítimas de doenças durante a gravidez.

Um sente o que o outro sente:
Depende. "É inegável a irmão entre irmãos gêmeos, principalmente os idênticos. O cérebro possui a capacidade de se conectar ao outro de forma a sentir o que ele sente", afirma Cecília Zylberstajn, especialista em psicoterapia de adolescentes e adultos. Segundo ela, é possível sim, que a conexão emocional se torne física. A ciência, no entanto, ainda não conseguiu explicar quando ou como isso acontece.

Gêmeos idênticos podem se passar um pelo outro:
Depende. Os irmãos adoram trocar de lugar na escola, por exemplo, mas nem sempre conseguem enganar. "A mãe dificilmente vai confundi-los", afirma a pediatra Alessandra Cavalcante. Segundo ela, mesmo sendo muito parecidos, a mãe - que convive mais com as crianças - nota certas diferenças sutis de comportamento ou detalhes físicos que os estranhos não percebem.

Eles tem dificuldade para ficar separados:
Depende. Gêmeos ficam muito bravos quando são confundidos, mas nem sempre conseguem eles próprios se separarem. Embora sejam indivíduos, cada qual com sua personalidade, construir essa identidade não é simples. "Um tem o outro como referência na vida e para eles é complicado fazer as próprias escolhas e conseguir manter a conexão com o irmão", acredita a psicóloga Cecília Zylberstajn.

Eles tem a mesma impressão digital:
Mito. Os gêmeos idênticos carregam o mesmo material genético e são frequentemente chamados de clones perfeitos, por possuírem o mesmo DNA. Mas, mesmo assim, carregam digitais diferentes, pois sua formação dentro do útero não segue a mesma fórmula nos dois bebês.

Os dois tem as mesmas doenças:
Depende. No caso de gêmeos idênticos, como os dois possuem a mesma configuração genética, teoricamente possuem, sim, chances de desenvolver as mesmas doenças. "Isso não acontece com os gêmeos bivitelinos" explica a pediatra Alessandra Cavalcante.
Por Danielle Sanches / Portal Terra
 

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