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segunda-feira, março 12, 2012

Anatomia da personalidade IV - Gabriela Carelli

Música no sangue - Jair Rodrigues é pai do músico Jair Oliveira e da cantora Luciana Mello. De Jair, os filhos herdaram a musicalidade. Da mãe, Claudine, o tino para os negócios – Jairzinho e Luciana administram suas próprias carreiras.

"A ciência descobre que a herança genética influi mais do que se pensava na formação das características e no comportamento humano" Revista Veja

A descoberta da estrutura do DNA por James Watson e Francis Crick, em 1953, e a divulgação do Projeto Genoma Humano, em 2000, abriram as portas para uma compreensão sem precedentes das raízes biológicas da personalidade. As revelações de que a genética pode influenciar comportamentos mudam a visão das pessoas sobre questões filosóficas e do cotidiano.

"A idéia de que os bebês vêm ao mundo sem características inatas multiplica a angústia dos pais que dão aos filhos uma educação adequada e eles não correspondem às suas expectativas. Na verdade, muitas coisas não dependem dos pais, e sim da natureza", diz Steven Pinker. O biólogo Richard Dawkins, da Universidade de Oxford, e autor de O Gene Egoísta, vai além.

"A genética do comportamento mudará muita coisa. Se partirmos do pressuposto de que nossa mente é regida por algo além dos conceitos éticos e morais aprendidos, como punir um assassino?", ele questiona. "Quando um computador não funciona, em vez de puni-lo, nós o consertamos."

A psicóloga americana Judith Rich Harris foi uma das primeiras pesquisadoras a tentar mensurar a importância da genética, da família, do círculo de amizades e das experiências pessoais na formação da personalidade. Em seu livro No Two Alike (Não Há Dois Iguais), Judith diz que a genética é responsável por no mínimo 40% do que somos. Em segundo lugar vêm os amigos, a maior influência que recebemos. Por último, a família.

A maneira como somos vistos por nossos amigos faz com que passemos a investir em determinados comportamentos. Se o grupo costuma rir das brincadeiras de uma criança, ela se percebe como uma pessoa divertida e tenta repetir esse jeito de ser, incorporando-o para o resto da vida.

"Se um menino for desde pequeno visto como líder pelos colegas, no futuro pode vir a ser um líder de verdade se tiver as características genéticas propícias", escreve Judith. Nem todos os traços de personalidade, porém, sofrem influência tão marcante das experiências pessoais. Já se comprovou que o desenvolvimento da inteligência depende em grande parte de um ambiente familiar que a estimule.

Os geneticistas estimam que, em duas décadas, será possível rastrear regiões genômicas em quantidade suficiente para conseguir mais do que pistas sobre a influência dos genes no comportamento. Graças à associação da psicologia e da genética, está aberto o caminho para elucidar a anatomia da personalidade. (Final)

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